O tráfego comercial em um importante porto de entrada terrestre entre os Estados Unidos e México foi “interrompido temporariamente” devido a um protesto no lado mexicano da fronteira. De acordo com as informações divulgadas pelo Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, sigla em inglês), caminhoneiros mexicanos bloquearam a Ponte Internacional Pharr-Reynosa, que liga Reynosa a McAllen, no Texas.
O protesto segue um movimento do escritório do governador do Texas Greg Abbott para melhorar as inspeções de segurança nos portos fronteiriços estaduais em resposta aos planos do governo Biden de acabar com as restrições relacionadas à pandemia na fronteira.
Grandes grupos comerciais veem as inspeções impostas pelo governo do Texas na fronteira como redundantes. O prefeito de Reynosa, no México, Carlos Peña Ortiz, não quis comentar sobre a paralisação do trânsito.
Novas estratégias a serem aplicadas na fronteira anunciadas pelo escritório de Abbott visam “reduzir o fluxo de drogas, tráfico de imigrantes, armas e outros contrabandos para o Texas” e incluem “inspeções de segurança aprimoradas” de veículos comerciais que entram no país através de portos de entrada no Texas.
Até domingo, dia 10, a agência havia inspecionado 2.685 veículos comerciais ao longo da fronteira do Texas com o México e colocado 646 deles fora de serviço por “graves violações de segurança”, que incluem freios, pneus e iluminação defeituosos.
O presidente da Border Trade Alliance divulgou um comunicado no domingo alertando que a política de Abbott pode aumentar os preços ao consumidor. A organização sem fins lucrativos representa uma rede de mais de 4,2 milhões de representantes dos setores público e privado impactados pelas relações comerciais dos EUA, México e Canadá.
“Nós nos opomos a qualquer ação em nível estadual que resulte em um processo de inspeção que duplique as inspeções já realizadas pelo CBP”, disse Britton Mullen em seu comunicado. “Embora estados fronteiriços como o Texas tenham um papel importante para garantir a segurança dos caminhões e a conformidade com os códigos, o estado deve trabalhar em colaboração com o CBP e não se engajar em um novo esquema de inspeção que retardará o movimento de carga”, acrescentou.
Dados de www.braziliantimes.com