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Contra os russos

Pressão imperialista: maestro se demite do Bolshoi

Artistas russos estão perdendo emprego em vários países

O modus operandi do imperialismo norte americano, típico ao nazismo, que busca calar toda e qualquer manifestação que possa dar voz ao seu inimigo,está sendo colocado bastante às claras no conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

E o mundo das artes vêm sofrendo prejuízos enormes com essa perseguição, vários já foram os alvos nos mais diversos ramos artísticos e em especial no mundo da música classica, onde a presença russa é muito marcante.

Uma dessas vítimas foi o maestro russo Valery Gergiev, aberto apoiador de Putin, foi demitido do cargo de condutor chefe da Orquestra Filarmônica de Munique na Alemanha, cargo que ocupava desde 2015,por se recusar a condenar a ofensiva russa na Ucrânia.

O prefeito de Munique, Dieter Reiter, disse que o artista falhou ao se negar a declarar repúdio à “guerra brutal de agressão”.

Ainda no mundo da ópera, dessa vez em Nova Iorque, a soprano russa Anna Netrebko, apoiadora de Putin, foi afastada pelo Metropolitan Opera de Nova York das encenações de “Turandot”, de Giacomo Puccini e de “Don Carlo”, de Giuseppe Verdi. Em nota, a instituição comunicou que “ao não cumprir as condições do Met de repudiar seu apoio oficial a Vladimir Putin travando uma guerra na Ucrânia, a soprano Anna Netrebko se retirou de suas próximas apresentações”.

Em Londres, o maestro russo Pavel Sorokin, foi dispensado da direção da nova montagem de “o Lago dos Cisnes” pelo Royal Opera House. A instituição disse em nota que “Dada a situação em curso na Ucrânia, não é possível para Pavel Sorokin, maestro da orquestra Bolshoi, reger o Royal Ballet como convidado neste momento”.

O mais recente atingido por essa política, que ganhou corpo com a cultura do cancelamento, foi o maestro russo Tugan Sokhiev, diretor musical do Teatro Bolshoi em Moscou e da Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse.

Tugan se viu pressionado a se posicionar por um dos dois lados do conflito,diante do que preferiu demitir se tanto do teatro russo quanto da orquestra francesa.

“Sei que muita gente espera que fale e que dê a conhecer a minha posição sobre o que se passa neste momento”, “Para começar, devo dizer o mais importante: jamais apoiei e serei sempre contra qualquer conflito qualquer que seja a forma que tenha”, disse.

E continuou dizendo não “suportar ser testemunha da forma como os seus colegas, artistas, atores, cantores, bailarinos, realizadores são ameaçados, tratados com desrespeito e vítimas da cultura de anulação”, “pedem-me que escolha uma tradição cultural em detrimento de outra. (…) Em breve vão pedir-me para escolher entre Tchaïkovski, Stravinsky, Chostakovitch e Beethoven, Brahms, Debussy. Isso já acontece na Polónia, um país europeu, onde a música russa foi proibida”.

Por fim, Tugan disse que não restou opção a não ser demitir se “face à opção impossível” de escolher entre os seus “músicos russos e franceses adorados”, “nós, músicos, estamos lá para lembrar através da música de Chostakovitch os horrores da guerra. Nós, músicos, somos os embaixadores da paz. Em vez de nos usarem, a nós e à nossa música, para unir as nações e os povos, somos divididos e ostracizados”.

Muitos ainda insistem em ver xenofobia apenas na forma em que ela era praticada há mais de meio século atrás. Mas devemos abrir os olhos para aqueles que estão sendo perseguidos hoje, denunciar e não aceitar a imposição desses cancelamentos ,cada vez mais numerosos e completamente arbitrários, sob pena de voltarmos a ver os tão temidos campos de concentração nazistas. 

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