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Esquerda

Presidente Luis Arce pede unidade diante reorganização da direita

Presidente boliviano afirmou que é hora de "trabalhar pela unidade de todas as organizações sociais"

No último fim de semana, na conferência da CSCIOB (Confederação Sindical de Comunidades Interculturais da Bolívia), o Presidente Luís Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS), partido do ex-presidente boliviano Evo Morales; fez declarações significativas a respeito de pontos importantes da política, tanto para seu país como para o restante da América Latina, tais como o avanço da direita golpista e imperialista, a importância da mobilização de setores populares e a ascensão de governos ditos progressistas na região.

Lucho Arce, como é conhecido o presidente, afirmou em relação ao avanço da direita no país que o momento é de “trabalhar pela unidade de todas as organizações sociais” bolivianas, uma vez que a direita se aproveita de “algumas fragilidades” nesse sentido.

A declaração é bastante significativa, afinal, a união entre os movimentos sociais na Bolívia se provou vitoriosa diante da ofensiva neoliberal levada adiante por setores ligados ao imperialismo no país.

Em 2003, por exemplo, eclodiu a chamada Guerra do Gás: um movimento de caráter revolucionário, levado a diante pela união de movimentos sociais bolivianos ligados aos camponeses, indígenas e operários. Uma verdadeira insurreição que derrubou o governo de Gonzalo Sánchez de Lozada.

Conhecido como Goni, o então presidente decidiu entregar a exploração do gás boliviano para empresas de países imperialistas em acordo com o vizinho Chile, devido à saída desse país para o mar. O fato acarretou uma enorme insatisfação popular, que dirigidos pelas organizações sociais, tiveram êxito em literalmente expulsar Gonzalo para os Estados Unidos. O movimento abriu caminho para a eleição de Evo Morales em 2005.

Arce também ressaltou que “hoje, temos uma direita que está se rearticulando, se reorganizando e aproveitando algumas fragilidades que temos mostrado como instrumento político, e ela começa a ganhar terreno; isso deve nos chamar profundamente à reflexão hoje no debate político, irmãos”. O presidente completou apontando que na Bolívia, a “direita internacional e nacional” aproveitam a dispersão das organizações da esquerda para que prevaleçam seus interesses.

A ilusão e a capitulação de setores da esquerda pequeno-burguesa em relação à burguesia e ao imperialismo, é algo muito evidente também no Brasil, que vem caminhando para as eleições aderindo cada vez mais à política da chamada terceira via, que se utiliza do fantasma do bolsonarismo para manter essa falsa esquerda sob suas asas.

Foram também citados pelo presidente o “avanço dos setores populares e revolucionários na América Latina”, onde o “perigo persiste em cada um dos países onde se instalou um governo revolucionário e progressista”.

Os recentes governos ditos progressistas de Chile e Colômbia são a maior fonte de ilusão da pequeno-burguesia supostamente esquerdista no Brasil. Petro, o eleito da Colômbia, que escolheu a vice-presidente totalmente alinhada com a cartilha identitária, parece que seguirá o caminho do chileno Boric, que recentemente estreitou laços de amizade com Zelensky, o judeu nazista, que deixou a TV para atuar como fantoche da Otan na cada vez mais desnazificada Ucrânia.

Para reiterar seus pontos, o presidente finalizou: “É muito importante que tenhamos muita clareza sobre o contexto internacional para poder emitir critérios e entender a realidade nacional. Dentro do nosso país, a direita ainda está viva; os golpistas estão aí se articulando, a direita golpista não foi derrotada; vencemos as eleições, mas não derrotamos o golpismo de direita que ainda está na vanguarda e temos que entender isso perfeitamente para não errar nos próximos passos”. Ademais, complementou: “A classe dominante e o capitalismo querem que lutemos entre todos nós”.

Para os bolivianos, assim como para os brasileiros, o contexto do golpe de estado ainda não acabou. A própria ascensão de Arce ao poder se deu em um contexto de capitulação ao golpismo do MAS, quando houve a renúncia de Evo Morales em 2019 e a subida ao poder de Jeanine Añez. As manifestações populares que se seguiram após o ocorrido não tiveram apoio do partido.

No Brasil, assim como aponta Arce como sendo o caminho para a Bolívia, somente a união da esquerda combativa, que se opõe à política repressiva da terceira via, ao bolsonarismo e à falsa esquerda, e luta por Lula presidente, trazendo sua campanha para o terreno popular; será a única ferramenta de combate que terá sucesso contra o avanço imperialista e golpista da direita. Seja no Brasil, na Bolívia e em todo o resto da América Latina.

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