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Lançamento de 56 anos de idade

Por que ainda ouvimos os Beatles?

O álbum "Revolver" foi relançado em versão super deluxe, e todos continuam ouvindo como se fosse contemporâneo

O relançamento do álbum “Revolver”, dos Beatles, em uma versão super deluxe, 56 anos após seu lançamento original, é algo que traz à tona a discussão de por que esta é considerada a maior banda de rock de todos os tempos.

O disco é lembrado por ser o marco do início de uma fase mais experimental da banda, que já havia alcançado um patamar de sucesso comercial visto poucas vezes na mesma proporção. Ele e seu antecessor, “Rubber Soul”, marcaram uma mudança profunda na sonoridade e nas letras das canções do quarteto, mas também no próprio comportamento dos membros da banda.

O novo lançamento possui 5 cds em sua versão física, e a duração é de cerca de 2 horas e 42 minutos, muito diferente dos 35 minutos de sua versão original. Isso ocorreu porque o novo lançamento contém, além do álbum original, dois cds com a versões das músicas em tomadas anteriores. Há também um disco com a versão mono do álbum original, e outro com as faixas que saíram em compactos na mesma época, “Rain” e “Paperback Writer”.

Para os fãs, é sem dúvida uma experiência muito interessante ouvir as canções em versões inacabadas e conseguir traçar o caminho que elas percorreram para chegar à sua forma final. Trata-se de uma verdadeira “viagem” pelo processo de criação de um dos mais criativos grupos da história.

Além disso, o primeiro cd, que possui as músicas em suas versões originais, está todo remixado, com uma sonoridade mais transparente, moderna e que possibilita uma melhor compreensão de tudo que ocorre nas músicas.

“Revolver” talvez seja o disco mais experimental da banda e apresenta uma variedade de estilos, instrumentos, sons e temática das letras que não se via nos discos anteriores. A primeira faixa, “Taxman” (em tradução livre, “cobrador de impostos”), composta e cantada por George Harrison, tem uma presença grande de uma frase de guitarra distorcida e uma letra com um certo cunho político, criticando o fato de que tudo que se fazia na vida acarretava no pagamento de algum imposto ou taxa para alguém.

“Eleanor Rigby” possui um arranjo para octeto de cordas muito bem trabalhado, que se tornou emblemático, uma letra melancólica, sobre pessoas solitárias que não conseguem companhia até o fim de suas vidas. Também há a típica canção de amor “Here, There and Everywhere” e “Love you too”, com a presença da cítara, instrumento indiano introduzido no rock pelos próprios Beatles.

Uma questão que fica é, por que meio século após o fim da banda, os Beatles continuam sendo ouvidos por todos, sem a sensação de que escutam algo da época de seus avós? Evidentemente, é algo que ocorre porque a cultura atual vive uma baixa muito grande em sua produção. A crise do capitalismo ocasionou isso.

Na etapa atual, a cultura apenas se desenvolve em períodos de ascenso da classe operária e de movimentação revolucionária. Após 30 anos de um grande refluxo, nada de novo é produzido e é preciso constantemente reciclar coisas produzidas há 50 anos.

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