A guerra na Ucrânia está sendo um evento além do fantástico. Um conflito que notoriamente marca este início de século com a luta anti-imperialista, um baile que os russos estão dando em defesa de seu território e dos povos oprimidos pelas manobras políticas, da imprensa e bélicas contra os monstros “humanitários” que são o governo dos Estados Unidos, as potências europeias e suas organizações de guerra, encabeçadas pela OTAN.
A Rússia, por meio de Vladimir Putin, está sendo vitoriosa em quase todos os quesitos neste “todos contra um” que eclodiu em 24 de fevereiro desde ano. Reverteu as sanções impostas por estes países valorizando sua moeda, o rublo, seus bens de exportação, como o gás e até nacionalizou empresas como o McDonald’s, que saiu do país em boicote. Venceu as trincheiras de mercenários estrangeiros e nazistas de verdade, fermentados na Ucrânia desde Hitler, passando às mãos dos EUA, Israel e da própria OTAN, que se diz defensora humanitária da Europa. Libertou países massacrados por estes batalhões paramilitares sob o comando de Zelenski, presidente golpista e fantoche da Azov, Aidar e Pravy Sektor.
Apesar da brilhante vitória para os países, que como a Rússia, estão fora do alinhamento imperialista – os BRICS e a maioria do globo -, o que se vê nas telas e jornais está para além dos filmes de ficção e da fantasia que marcam o gênero literário. Não se vê uma única verdade, não se fala o que realmente acontece, é como se o mundo estivesse amordaçado e alucinado em outra realidade. O que se fala é justamente o contrário, de que a Rússia iniciou a guerra para dominar o mundo e exterminar civis por puro capricho.
Bombardeios de civis
Ao invés de sabermos pela televisão sobre os caprichos dos neonazistas às populações russas e ucranianas, que estavam sendo torturadas à luz do dia nas calçadas dos centros das cidades, o que recebemos são mais das clássicas mentiras, ou fake news, oficiais do monopólio mundial da imprensa capitalista, notícias de última hora, ou breaking news, trocando as etiquetas dos heróis para criminosos e vice-versa, enquanto o jornalismo sério, fora deste conglomerado, é censurado e derrubado ao sabor do que passa a Reuters, a RT e a Sputnik, da imprensa russa.
Ontem mesmo, na segunda-feira (11), foram noticiados bombardeios em prédios civis no centro de Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, que teve 3 pessoas mortas e 31 feridas. No mesmo dia em outra cidade, matando 19. Na manhã do último domingo, mais bombardeios em Donetsk, com 3 mortos e 11 feridos. Este é o dia-a-dia na Ucrânia não somente desde a guerra, mas desde 2014, quando Ucrânia sofreu um o atual golpe de Estado, vulgarmente conclamada pela imprensa de “revolução colorida”.
Porém, tais bombardeios, aos civis, não tiveram relação alguma à Rússia, mas ao próprio governo ucraniano, ou seja, comandados por Zelensky. Pode não ser fácil de acreditar aos que começaram a se adentrar no assunto neste ano por meio do monopólio de imprensa, mas as denúncias não vem somente dos governos russo e do Donbass – que são os que realmente prezam pelo cuidado dos povos, visto que são muito fruto deles as Zonas Humanitárias; quem denuncia o uso de civil como escudo humano durante operações e bombardeios é também a ONU, ministrada pelo próprio imperialismo.
Fica claro no relatório divulgado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos concluiu que militares ucranianos tiveram uma grande parcela de culpa pelo ataque a um asilo ocorrido em 11 de março, na vila de Stara Krasnyanka, localizada em Lugansk, a 580 quilômetros ao sudeste de Kiev. Episódio que contou com o incêndio de um asilo, que abrigava 71 idosos, e que resultou em pelo menos 50 idosos mortos pelas tropas ucranianas.
Este mesmo Diário, tendo enviado dois correspondentes para as zonas dos conflitos tanto na Ucrânia, quanto no Donbass, tem um acervo exorbitante de denúncias com vídeos e entrevistas. Um dos correspondentes, o militante e jornalista do Partido da Causa Operária (PCO), Eduardo Vasco, segue denunciando em sua conta do Twitter que todo ataque aos civis são atribuídos à Rússia, um método secular do conjunto de países imperialistas para criminalizar os opositores de guerra e de mercado:
🆘🇺🇦A Ucrânia bombardeou quase toda a cidade de Donetsk na manhã deste domingo. No distrito de Shakhtyorsky, 3 pessoas morreram e 11 ficaram feridas. DESTAQUE: em nenhum destes locais os alvos são militares, somente civis. Vídeo via Telegram pic.twitter.com/jltOA7mK4x
— Eduardo Vasco (@cheguevasco) July 11, 2022
Nada é falado em benefício das vítimas, das famílias do Donbass, região separatista, desde o golpe, que é atacada dia após dia pelos nazis financiados pelos EUA, treinados pela OTAN, e comandados pela Ucrânia golpista. Região que desde a semana passada sofre terríveis atos terroristas destas organizações paramilitares.
É preciso aumentar a campanha de denúncia, para desmascarar as mentiras desta imprensa mundial e unilateral que traveste nazistas em heróis. Não podemos deixar que se criem mais Palestinas, mais Iraques e Afeganistãos. É preciso mais imprensas revolucionárias, ligadas aos povos pela verdade.