Nas guerras existem uma grande batalha por informações e narrativas. Os grandes meios de comunicação hegemônicos do ocidente, sempre a serviço da ditadura do imperialismo pelo globo, estão a cada dia mais tendenciosos e assassinando a verdade, numa atitude desonesta e criminosa.
Nessa “invasão” da Rússia à Ucrânia a cobertura do PIG(Partido da Imprensa Golpista) no conflito está cada vez mais comprometida e difícil de engolir. Se fizermos uma comparação dessa guerra com qualquer outra, como a do Afeganistão(massacrado por 20 anos pelas potências imperialistas) encabeçada pelos Estados Unidos e seus capachos fiéis, veremos a quantidade de cinismo, hipocrisia, mentiras, manipulações e análises rasteiras e revoltantes.
Na cobertura da guerra da Rússia contra a Ucrânia, cuja origem está nas armações e provocações da OTAN(Organização do Tratado do Atlântico Norte), de organizações não governamentais(como NED, Global American, etc.) e do governo americano sob a presidência de Joe Biden, a esmagadora maioria dos meios de comunicação pró-EUA disferem muitos preconceitos, mentiras e desinformação.
Nessa guerra de auto-defesa da Rússia, Ursula Von Der Leyen, presidente da Comissão Europeia, censurou as agências russas Russia Today(RT) e Sputinik. “Para não mais espalharem suas mentiras para justificar a guerra de Putin”, alegou Ursula, como se somente ela pudesse justificar qualquer conflito no mundo e a imprensa imperialista fosse a dona da verdade.
Na CBS News, o correspondente Charlie D´Agata disse que não era esperado uma guerra entre europeus. “Este não é um lugar, com todo o respeito, como o Iraque ou o Afeganistão, que tem visto conflitos violentos há décadas. Esta é uma cidade relativamente civilizada, relativamente europeia, cidade onde você não esperaria isso”, disse D´Agata, que em seu depoimento esconde que nesse país europeu os nazistas ucranianos, treinados e patrocinados pelos imperialistas, carbonizara, em 2014, 42 pessoas num sindicato em Odessa
“É muito emocionante para mim porque vejo europeus com cabelos loiros e olhos azuis sendo mortos todos os dias com mísseis de Putin, seus helicópteros e seus foguetes”, disse David Sakvarelidze, ex-procurador-geral adjunto da Ucrânia, à BBC. Para essa gente, se quem estivesse sendo morto fossem afegãos, sírios, iraquianos, estaria tudo bem.
Existem outras publicações que são verdadeiros atentados aos direitos humanos e à própria profissão de jornalista. Peter Dobbie, um apresentador inglês da Al Jazeera, sentindo as dores apenas de ucranianos refugiados, afirmou que eles “não são obviamente refugiados tentando fugir de áreas do Oriente Médio que ainda estão em grande estado de guerra; essas não são pessoas tentando fugir de áreas do norte da África, elas se parecem com qualquer família europeia com a qual você moraria ao lado”.
No Brasil, desinformação e mentiras sobre a guerra também correm soltas. Foram divulgadas imagens falsas sobre a guerra. A Jovem Pan News e a rede Record, para atacarem a Rússia, utilizaram imagens de uma operação militar de um jogo de videogame (“Arma 3”).
A TV Globo, outro capacho do imperialismo americano, que passa 24 horas de sua programação se “horrorizando” com essa guerra, exibiu um vídeo de um tanque de guerra russo atropelando um carro em Kiev, mas o tanque era ucraniano e havia atropelado o carro por acidente.
Na Guerra do Afeganistão, a imprensa ocidental não condenou os Estados Unidos e demais potências imperialistas. As análises rasteiras, a desinformação e as mentiras da época do conflito sempre existiram em favor dos invasores.
Iniciada um mês depois da explosão das Torres Gêmeas em Nova York, em 11 de setembro de 2001, ação que vitimou cerca de 3 mil pessoas, a invasão americana no Afeganistão foi trágica para o pobre país do Oriente Médio acusado de dar guarida ao grupo islâmico Talibã, que teria sido o responsável, sob a liderança de Osama bin Laden, das explosões na Ilha de Manhatan e em Washington.
Toda a imprensa ocidental justificou os ataques aéreos dos americanos, da França, Alemanha e Reino Unido contra o povo afegão. Segundo essa imprensa golpista, a guerra era para capturar Osama bin Laden. A OTAN, que hoje se porta como porta-voz da “paz”, protegia os aliados imperialistas, sem nenhuma preocupação com os refugiados e milhares de mortos afegãos.
A imprensa ocidental não informa que, segundo uma pesquisa da Universidade de Brown(EUA), divulgada pela BBC, mais de 242 mil pessoas foram mortas durante a Guerra do Afeganistão, que custou mais de 2 trilhões de dólares aos EUA. Foram mais de 47 mil vidas afegãs ceifadas. Nada disso se compara à necessária e inevitável defesa da Rússia na Ucrânia, que é governada por nazistas. A perseguição imperialista e cultural contra os russos, sob diversos pretextos e justificativas mentirosas, não tem igual.
Contra o Afeganistão, os americanos e aliados foram tratados por essa imprensa como heróis, como libertadores de um país governado por radicais extremistas, mas, após 20 anos de sofrimento, o povo afegão derrota heroicamente o imperialismo, mas terá que enfrentar fome e miséria como consequências dessas duas décadas de opressão.
A luta do povo russo é uma luta de todos os povos oprimidos contra o imperialismo. Todo apoio à Rússia contra os nazistas da Ucrânia, a OTAN e os imperialistas, que usam todo arsenal mentiroso da mídia ocidental para manipular a opinião pública em favor dos senhores da guerra.