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Paralisação

Petroleiros em Betim entram em greve contra privatização

Categoria mostra sua disposição à luta contra o golpe e abre o caminho à luta contra a privatização da Petrobrás

A Refinaria Gabriel Passos (REGAP) amanheceu com seus gramados tomados nesta segunda-feira (18/07). Os petroleiros da REGAP e demais trabalhadores da FUP (Federação Única dos Petroleiros) e FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) se reuniram em um ato para protestar contra a privatização da tradicional refinaria do País, que demorou 6 anos para ser construída e arrecada aproximadamente um bilhão e meio de reais de impostos por ano, além da sua capacidade de produção ser de 151 mil barris/dia.

A pauta central dos trabalhadores do Sindicato dos Petroleiros de Minas consiste na luta contra a privatização da refinaria. O Sindipetro MG denuncia a falta de transparência da Petrobrás acerca da entrega da REGAP, que vem sendo sucateada para ser apalpada por migalhas pelas mãos dos capitalistas que a enxergam como mera fonte de lucro. Como é de se esperar na sociedade capitalista, também vem sendo denunciado que as condições de trabalho estão cada vez mais precárias.

A privatização da refinaria feita pelos parasitas trará uma série de prejuízos para a classe trabalhadora que os sustenta, como bem identificaram os trabalhadores que ocuparam os gramados da REGAP em Betim. O preço da gasolina, do diesel, do combustível e do gás de cozinha subirá, demissões em massa ocorrerão e a independência energética estará totalmente ameaçada.

Para conquistar seus direitos frente aos ataques da burguesia, a classe operária precisa se unir cada vez mais e se organizar para o confronto contra aqueles que fazem com que ela seja explorada, adicionando um teor político à mobilização. Levantar a bandeira por Lula Presidente, no contexto atual, se faz extremamente necessário para combater as ofensivas neoliberais que o Brasil vem sofrendo desde quando o terreno para o golpe de Estado vinha sendo montado nos escritórios do imperialismo. 

É válido lembrar que Lula surgiu enquanto liderança da classe operária nas greves de 1979 e 1980, dentre os metalúrgicos do ABC, que foi onde ressurgiu o movimento dos trabalhadores brasileiros. O que está em jogo não é o plano de governo do PT, mas a eleição da única liderança capaz de unir os trabalhadores em torno da reivindicação dos seus direitos básicos e da luta contra o golpe do imperialismo.

Betim não é o único lugar do Brasil e do mundo onde os trabalhadores entraram em greve recentemente. Quando a inflação está alta na sociedade capitalista, o governo entra em crise. Com o governo em crise, a tendência a se mobilizar ressurge ainda mais forte e as lutas políticas das mobilizações aparecem com ainda mais clareza. Em Manaus, os professores municipais de 90 escolas pararam e exigiram um reajuste de 33,8%. Em Londres, os ferroviários provocaram a maior greve do Reino Unido em mais de 30 anos, exigindo melhorias na condição de trabalho e um reajuste salarial.

Como diria o ditado popular, “mobilização derruba capitão”. E é por meio da mobilização em torno da bandeira de Lula Presidente que a luta contra o “capitão” que preside o Brasil e toda a sua agenda neoliberal deve ser levada. Lutar por Lula Presidente significa, principalmente, lutar contra os interesses escusos que o imperialismo possui em nosso País e dar os primeiros passos pela libertação nacional contra o golpe fabricado.

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