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Eleições 2022

PCdoB, PSOL, UP, PCB… o que estão esperando para apoiar Lula?

É preciso defender claramente e já a candidatura do ex-presidente Lula, mobilizando todos os setores dos trabalhadores nas ruas

O ano de 2022, que já começou marcado pela continuidade da crise sanitária da COVID-19, pelas tragédias causadas pelas enchentes e deslizamentos, pelo avanço do desemprego e da fome e o conflito entre a Rússia e o imperialismo, já mostra que o ano começou com tudo e será um ano decisivo para o povo pobre trabalhador. Ainda mais que se trata de um ano eleitoral, com eleições presidenciais, a que realmente importa.

Entretanto, apesar de todos estes bons motivos para agir, parece que boa parte da esquerda nacional continua assistindo os acontecimentos do sofá de casa. Lembramos que em outubro de 2021 foi dito por estas organizações que era hora de parar dos atos mensais (que já era muito tempo entre um e outro) pelo Fora Bolsonaro e descansar e voltar em março. Bom, já estamos quase em abril e até agora nada. 

Mas, o mais importante aqui não é mais o Fora Bolsonaro, mas sim mobilizar pela candidatura do ex-presidente Lula, o que representa para o povo pobre, de fato, uma mudança na política golpista. Sobre.o que estás organizações da esquerda precisariam fazer é simplesmente apoiar abertamente a única candidatura de verdade, que realmente não só tem condições de vencer o golpismo, como produzir um governo com benefícios reais a classe trabalhadora. Pelo, contrário, o que estamos vendo é uma escandalosa enrolação de PCdoB, PSOL, UP e PCB em decidir o óbvio, que dizem não negar aliás, e apoiar Lula e colocar esse apoio em prática na rua.

Porque a demora?

O ex-presidente Lula foi libertado das masmorras da operação Lava a Jato em Curitiba em outubro de 2019 e desde então a sua candidatura à presidência em 2022 é visto como algo natural por ser a única liderança realmente popular no país. Em agosto de 2020 o Partido da Causa Operária (PCO) fez um chamamento público aos partidos da esquerda, inclusive em debate aberto com os presidentes de PT, PCdoB, PSOL e PSTU, a apoiarem e mobilizarem desde já pela candidatura de Lula, pelo que tergiversaram, exceto Gleisi Hoffmann, é claro.

Em 2021 quando começaram os atos nacionais da campanha Fora Bolsonaro naturalmente, por um apelo das ruas até, é colocado novamente que os atos devem servir como uma orientação clara para a população: derrubar Bolsonaro e eleger Lula presidente. Mas não, praticamente toda a esquerda fez questão de não levantar o Lula nas ruas, pondo dúvidas inclusive sobre o Fora Bolsonaro. 

Novamente em setembro de 2021 quando o ex-presidente Lula fez pronunciamento se colocando abertamente como candidato, a esquerda fez “ouvido mouco” e nada fez, enquanto os militantes de base e, principalmente, o povo passaram cada vez mais a vibrar com a possibilidade de derrotar Bolsonaro e a direita. E eis que chegamos a 2022, com Lula consagrado como candidato do povo e a situação de “indefinição” continua. Nem mesmo o fato de setores da direita estarem buscando interferir na candidatura inserindo um elemento tradicional da direita na chapa do Lula, o golpista e ladrão de merendas Geraldo Alckmin, a esquerda se mexeu. Ou melhor, sim se mexeu para aproveitar a situação para atacar Lula e o PT com achaques: “não dá pra apoiar o Lula com Alckmin”, “desse jeito é preciso discutir a fundo o programa de governo” e picuinhas do tipo.

O que foi motivo para mais perda de tempo, ao invés de servir para mobilizar setores dos trabalhadores organizados, que sentiram na pele o que é um governo do PSDB, por exemplo, e exigir a expulsão do golpista da chapa do Lula. No final das contas apoiar Lula não depende de nada, nem de quem será o vice, nem de alianças estaduais e muito menos do toma lá dá cá típico da política burguesa. O Lula é o candidato escolhido pelo povo, que já tem uma experiência vivida com seu governo, o que seria um fato facilitador para qualquer candidato ou partido estar do mesmo lado que ele.

Ao contrário, a demora em ratificar publicamente o apoio a Lula, só pode ter efeitos negativos. Primeiro, manter o clima de paralisia, de não incluir os trabalhadores numa ampla mobilização pela candidatura do Lula, algo natural dada a sua popularidade. Segundo que dá espaço para direita e todos os oportunistas articularem todo o tipo de manobra e manipulação, incluindo lançar candidatos bancados por muito dinheiro e fazê-los entrar no jogo a força, mesmo sem nenhum capital eleitoral anterior. Sem contar em deixar a porta escancarada para a imprensa golpista nacional atacar Lula e o PT com todo o tipo de acusação fajuta, típica das eleições, como vimos em 2014 e 2018.

Se a esquerda não agir a direita ganha

Estamos há apenas seis meses da votação, considerando que praticamente não há campanha eleitoral, que se resume a menos de 3 meses, num país continental, de julho a setembro, ficando claro que ou a esquerda age agora, se decidir abertamente pelo óbvio em apoiar Lula, ou veremos a máquina de manipulação eleitoral da burguesia entrar na jogada e “nadar de braçada” contra Lula e o PT que buscarão como sempre as medidas institucionais.

Outro aspecto a esclarecer são as candidaturas de brinquedo. Recentemente UP, PCB e PSTU lançaram seus pré-candidatos algo completamente fora da realidade das eleições, pois estás candidaturas não têm função nenhuma, não trarão nenhum benefício para a classe trabalhadora, pelo contrário o único efeito que podem produzir é dar mais munição para os ataques da direita, buscando uma divisão e aumentar a confusão da situação para os trabalhadores. Quando o wue estes partidos deveriam estar contribuindo é exatamente no sentido contrário, deixando a coisa mais objetiva e clara para o trabalhador: de uma lado a burguesia e os golpistas e do outro Lula e os trabalhadores.

Neste sentido é preciso defender claramente e já a candidatura do ex-presidente Lula, mobilizar todos os setores dos trabalhadores nas ruas para impedir as manipulações da direita que estão presentes em todas as eleições e naturalmente estarão nesta também, provavelmente em uma intensidade ainda maior que em 2018, e os partidos que se colocam como de esquerda, como defensores dos trabalhadores não tem outro caminho a seguir. A situação está cada vez mais clara ou é Lula ou é Bolsonaro ou até outro criminoso da direita ainda pior.

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