O conflito entre Ucrânia e Rússia (na verdade, entre OTAN e Rússia) chegou na sua segunda semana, mais precisamente no seu vigésimo-primeiro dia (16/03/2022). E por mais que seja enfatizado pela imprensa imperialista o quanto a Ucrânia ora estaria sendo massacrada, ora estaria vencendo a guerra (expulsando os “mal-feitores” russos), a verdade verdadeira do conflito é a de um desespero pouco habitual e visto antes, por parte do imperialismo de conjunto.
Seja sob o nome-fantasia de OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ou não, o fato é que o imperialismo desde 2014 apela para o neo-nazismo e fascismo (que no país assume a forma do nazismo original mesmo, do antigo colaborador de Hitler ali, chamado Stepan Bandera), e além de terem financiado, treinado e municiado diversos grupos ideológicos ligados a essa escória da extrema-direita nesse país, eles também orquestraram (tal como aqui no Brasil) um golpe de Estado. Golpe esse que resultou em milhares de pessoas mortas e perseguidas no País todo, principalmente no local de maioria étnica russa, o Donbass.
Os russos, na realidade, conseguem avançar (até com certa facilidade) à revelia das forças militares e nazistas ucranianas, e mais, evitando, ao máximo, a perda desnecessária de civis, bem como evitando a destruição de prédios públicos que não sejam instalações militares. Putin vem se revelando não apenas um excelente estadista, mas um formidável comandante militar internacional, mostrando sua força estratégica e a energia do poderio militar russo em combate.
Dito isso, fica nítida a tentativa (até o momento infrutífera) por parte das forças da OTAN de retomarem a vantagem que possuíam desde o golpe. A ministra da Defesa da Holanda, Kajsa Ollongren, afirmou que seu país e os outros membros da OTAN continuarão a enviar armas pra região, e que segundo ela seria uma forma de apoio à Ucrânia. Como sempre, usam aquele mesmo discurso (hoje em dia muito batido já), de que seriam “pró-democracia”, de que os russos são meros invasores e terroristas, que visam a conquista territorial do lugar, etc.
Na realidade o apoio vai diretamente pros batalhões nazistas locais, pois são a forma assumida ali que tais organizações do imperialismo agem, para que a OTAN e seus asseclas não entrem diretamente nesse conflito (o que escalonaria exponencialmente a situação). Certos de que agem da maneira correta perante a situação, mas com muito medo e receio do desenvolvimento do conflito, o imperialismo e companhia vêm despejando armas e mais armas na região, como forma desesperada de controlar o avanço russo sob as bases militares ucranianas, assim como desmantelamento das forças nazistas locais. Por isso, como dito antes, o imperialismo está usando toda uma retórica para cancelar Putin e a Rússia como país. Precisamos cada vez mais denunciar a farsa e nos colocar ao lado do povo russo e de seu Exército nesse conflito. O fator chave que deve nos unir é a luta anti-imperialista e anti-nazista, pois só assim teremos perspectiva de algo, de uma luta séria, não apenas lá, mas em todos os países oprimidos, com um Imperialismo enfraquecido e caquético. Fora OTAN do leste europeu e da América Latina!