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Brasil em copas

Os maiores adversários do Brasil na Copa: a imprensa

Brasil precisa superar os seus piores adversários: as hienas e abutres da imprensa nacional

Termina a Copa e aparecem as explicações de todos os tipos, formas, cores, tamanhos do porquê o Brasil foi eliminado. Provavelmente desde 1930 é assim, com certeza desde 1950. São todas declarações infundadas ou falsamente fundamentadas em aspectos técnicos do futebol. Mas todas elas tem um sentido comum: mostrar que o Brasil e seu futebol não prestam.

Como a Copa do Mundo é a competição entre nações mais difícil de ganhar e que, para piorar, ainda acontece a cada quatro anos, o povo é submetido na maior parte do tempo a isso. Não que seja muito melhor quando o Brasil vence. Fato é que, ignorando que o Brasil foi quem ganhou mais copas, que os números da Seleção são superiores aos das outras em praticamente todos os quesitos, a imprensa nacional insiste em dizer as mesmas coisas de sempre: “o Brasil não é o melhor”.

Não são apenas os números da Seleção que a imprensa ignora. Ignora a manipulação, o roubo da arbitragem, ignoram os defeitos dos outros, parece que apenas nós temos defeitos. E a imprensa ignora um elemento importante na hora de analisar a Seleção: ela mesma.

Sim, porque se não existisse a imprensa nacional, é provável que o Brasil já tivesse vencido umas copas a mais.

Quando dissemos imprensa nacional é quase um modo de falar. De nacional mesmo só a sede desses grupos empresariais porque o correto mesmo seria falar em sucursais da imprensa imperialista, agindo em defesa dos interesses do imperialismo.

Desde antes do início da Copa, não teve um dia em que não apareceram dezenas de colunas, reportagens e notícias detratando a Seleção. A artilharia se volta ora contra os jogadores, ora contra comissão técnica, ora contra tudo, ora contra o próprio futebol brasileiro. A palavra de ordem da imprensa é: ataques a Seleção.

Para quem tem dúvida, convido a uma breve pesquisa na imprensa.

Esse comportamento da imprensa, além de servir como fator de desmoralização da Seleção diante do povo, tem um objetivo bem concreto: exercer uma pressão gigantesca contra os jogadores, desestabilizar a Seleção.

A imprensa nacional é anti-nacional em política e o é também no futebol. Nem deveríamos ter dúvidas disso depois do papel desse monopólio no golpe de Estado.

São abutres ou, como falava Nelson Rodrigues em suas crônicas, são hienas. A pressão gigantesca exercida sobre os jogadores é um fator importante no desempenho da equipe.

Infelizmente, os jogadores brasileiros, vindos das camadas mais simples do povo, têm muita dificuldade de entender o que está acontecendo. Falta experiência e falta a consciência necessária para os jogadores enfrentarem os abutres.

Como falamos, esse papel de abutre cumprido pela imprensa não é de hoje. Pelo menos desde 1950 é assim. Em 1970, quando o Brasil tinha o que é hoje reconhecida como o melhor time de todos os tempos, a Seleção era avacalhada pela imprensa nacional a ponto de Nelson Rodrigues dizer que a Seleção no Brasil estava exilada em seu próprio país e precisava sair logo daqui.

Qualquer análise do desempenho da Seleção que ignora esse papel nefasto da imprensa é uma fraude.

Convido o leitor a assistir ao depoimento do atacante da Copa de 2014, Fred. Ali ele deixa muito claro o papel da imprensa no desempenho dos jogadores e a pressão descomunal exercida. Ele chega a denunciar que após sofrer um pênalti no primeiro jogo, foi obrigado a dar entrevista para a imprensa se desculpando por supostamente ter se jogado.

O futebol brasileiro é superior a qualquer outro, seu maior adversário, então, não são as seleções adversárias, mas a imprensa nacional e outros fatores externos que trataremos nas próximas colunas.

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