Os ataques do chamado “mercado”, ou seja, dos banqueiros, de outros especuladores e de todo tipo de tubarão capitalista contra o governo Lula são enormes. Eles não se cansam de tentar impor medidas e indicar ministros de sua confiança, que não merecem nenhum apoio do povo. A burguesia quer controlar tudo o que faz o futuro presidente, principalmente tudo o que diga respeito aos seus bilionários ganhos.
PEC do teto de gastos
Lula se comprometeu em melhorar a vida da população pobre e, para isso, está agindo para romper o teto de gastos. Ele articulou uma PEC para ser votada no Congresso, prevendo gastos, por fora do teto, de R$198 bilhões. Quase 90% desse total seria com o pagamento do Bolsa Família, de R$600, com o acréscimo de R$150 por criança até 6 anos. Isso durante quatro anos.
Essa medida não resolve todos os problemas, mas vai no sentido de combater a fome de milhões de brasileiros mais pobres. A direita quer limitar os gastos do governo com o combate à fome, saúde, educação e tudo que beneficia a população, mas não aceita limites para o dinheiro distribuído aos bancos, que levam mais da metade do orçamento, de tudo que é pago em impostos pelos trabalhadores.
“Gorduras” de sobra
Diante da PEC do teto de gastos, os banqueiros e a sua imprensa capitalista dizem que há “gorduras” e que os gastos propostos por Lula têm que ser reduzidos no tamanho e no tempo de duração.
Os partidos de esquerda, a CUT, os sindicatos, o MST e outras organizações de luta que apoiaram a eleição de Lula devem colocar o povo na rua para exigir a aprovação da PEC e de outras medidas de interesse do povo trabalhador. É preciso cortar de quem está com a pança cheia, e não de quem passa fome. É preciso taxar os lucros dos grandes capitalistas e as grandes fortunas, e não o povo trabalhador.
Se os banqueiros querem que o povo morra de fome, é preciso lutar pela estatização dos bancos, que eles sejam colocados sob o controle dos trabalhadores. Não pode haver limite nos gastos para combater a fome e atender às necessidades vitais dos trabalhadores.