Na madrugada desta terça-feira (26), Olavo de Carvalho, uma das maiores figuras da política ideológica do bolsonarismo, morreu aos 74 após ser diagnosticado com covid-19 no dia 16 de janeiro.
Durante sua vida, Olavo, conhecido como “guru de Bolsonaro”, teve uma carreira no mínimo polêmica. No meio de frases como “Estão usando células de fetos abortados como adoçante nos refrigerantes, na Pepsi”, entretanto, o “filósofo” serviu como um bom indicador da política dos grandes monopólios da internet. Afinal de contas, suas besteiras deram o que falar.
Aqui, vale relembrar suas polêmicas envolvendo empresas como o Facebook e demais redes sociais do imperialismo.
O Twitter, por exemplo, excluiu um de seus posts que denunciava a eleição de Biden como um verdadeiro golpe contra Trump. Em resposta, o “pensador” abandonou a rede, afirmando se tratar da “Cracolândia da internet”.
Além disso, no Facebook, Olavo publicou um comentário idiota acerca da comunidade gay do país. A rede, consequentemente, bloqueou sua conta por 3 dias. Olavo, indignado, respondeu a censura em seu perfil:
Por fim, em 2020, sua conta no PayPal foi bloqueada. No ano passado, após um abaixo assinado criado pelas Sleeping Giants BR, sua conta no PagSeguro também foi congelada sob o pretexto de fake news.
Na ocasião, Olavo culpou os comunistas. Entretanto, utilizando de nosso “lugar de fala”, como defendem os identitários, devemos dizer que nada tivemos a ver com isso.
Pelo contrário, somos defensores intransigentes da liberdade de expressão, até mesmo para um fascista como Olavo de Carvalho emitir suas opiniões esquizofrênicas. Nesse sentido, o posicionamento dos grandes monopólios da internet representa uma verdadeira censura, algo que, inevitavelmente, se volta para a repressão sobre a esquerda, sobre comunistas como nós que tanto assustaram o pequeno Olavo.
Deve ficar claro, todavia, que a defesa de Olavo às liberdades de expressão é puramente demagógica. Ele era um conservador que, pela vontade dele, instauraria um verdadeiro regime de repressão contra o povo.