Na madrugada desta terça-feira (25), Olavo de Carvalho, conhecido como “guru de Bolsonaro”, morreu aos 74 anos após ser diagnosticado com covid no dia 16 de janeiro deste ano.
Neste momento, a imprensa burguesa procura se afastar da figura de Olavo assim como o fez nos últimos anos. Entretanto, assim como o bolsonarismo, Olavo foi impulsionado pela burguesia durante o golpe de estado no Brasil.
Relembrando brevemente sua trajetória na política nacional, Olavo chegou a escrever para a imprensa burguesa. Todavia, naquele momento, demonstrava uma retórica exagerada que não fazia parte, ainda, da burguesia.
Nesse sentido, durante os anos 90 e 2000, Olavo ficou isolado no submundo da internet, sendo apoiado somente por fascistas virtuais, sem muita repercussão em outras esferas da sociedade.
Este panorama mudou no momento em que a política da burguesia foi se aproximando cada vez mais à da extrema-direita. Não é atoa que, durante a votação farsesca pelo impeachment da então presidenta Dilma Rousseff, em 2016, alguns parlamentares chegaram a louvar as ideias de Olavo, como foi o caso de Marco Feliciano (PSC).
A imprensa começou a alavancar os fascistas, incentivando a ascensão do bolsonarismo e dos piores elementos da direita.
No fim, Olavo é ainda mais uma cria da burguesia para atender aos seus objetivos imediatos (como o golpe). Alimentado pela Globo, pela Folha, pela Veja e, finalmente, por toda a imprensa burguesa, assim como o bolsonarismo, foi abandonado quando já não servia mais à burguesia, sendo tachado de lunático como se nada tivesse a ver com a política burguesa após ela trocar Bolsonaro pela direita tradicional.