Aclamado pelos identitários como o “mal menor” nas últimas eleições para presidente dos EUA, Joe Biden conseguiu angariar um enorme apoio da esquerda pequeno-burguesa que insistiu em vê-lo como um candidato da democracia apesar de todo o seu histórico contrário a qualquer tipo de democracia.
Essa esquerda, acostumada a fugir de espantalho, se voltava histericamente a quem criticava o apoio ao candidato do Partido Democrata, pois sua grande preocupação era apenas conseguir substituir o “monstro” Donald Trump, nem que para isso tivesse que optar por outro monstro, o qual, como este Diário já denunciava na época , seria possivelmente muito pior que o primeiro.
Uma vez eleito, com o apoio de todo esse setor da esquerda, Biden iniciou o mandato tomando várias atitudes que demonstraram que o seu governo realmente consegue ser ainda mais prejudicial do que o de Trump, não só para a população dos EUA mas para a classe trabalhadora do mundo inteiro. Um dos fatores mais marcantes foi, sem dúvida foi a guerra da Otan contra a Rússia.
Tendo em perspectiva o que está acontecendo dentro dos EUA, temos um quadro frustrante ao que gostariam de crer os identitários e em relação ao que prometeu o candidato dos Democratas, o qual dizia que, uma vez eleito, iria, por exemplo, apoiar a imigração. Ao contrário do que foi prometido por Biden, estamos assistindo um recrudescimento da perseguição às minorias étnicas, como é o caso dos mexicanos.
Atualmente apenas 2 em cada 10 mexicanos que solicitam asilo ao governo norte-americano têm o seu pedido atendido, segundo dados do Centro de Intercâmbio de Acesso a Registros Transnacionais. No governo Trump esse número era de 4 em cada 10. O índice de atendimento do governo Biden é o menor desde 1993.
Os mexicanos representam hoje um terço dos latino americanos que entram ilegalmente nos EUA por meio da fronteira com a cidade mexicana de Tijuana. Só nos últimos cinco meses, esse número chegou a 11 mil pessoas.
O enorme fluxo de imigrantes rumo aos EUA é um reflexo da política sanguessuga do imperialismo para a América Latina que destrói a economia dos países do continente e coloca suas populações em situação de miséria. É preciso lutar contra o imperialismo por meio da luta contra os seus representantes locais.
Nos EUA é necessária a construção de um partido de esquerda que rompa com o partido do imperialismo e as suas duas facções, tanto a democrata quanto a republicana.