Neste sábado, o Brasil amanheceu mais triste. A jornada fenomenal que a seleção brasileira vinha construindo até então chegou ao fim. Não pela habilidade dos jogadores mas, sim, pela campanha incessante que fazem contra o Brasil e contra o futebol nacional. Campanha esta que tem como interesse primeiro atacar a cultura da classe operária e, de maneira geral, os povos oprimidos de todo o mundo.
O jogo contra a Croácia foi um verdadeiro assalto. Entre as faltas não marcadas em Antony, por exemplo, que já estava farto da injustiça que estavam cometendo contra o Brasil, e o pênalti evidente não marcado pelo árbitro do VAR; o juiz – que era inglês – mostrou claramente de que lado estava. O lance do pênalti, inclusive, foi motivo de enorme polêmica por parte da torcida brasileira que, nas redes sociais, criticou veementemente a decisão absurda da arbitragem.
As faltas em Antony também foram motivo de ódio dos brasileiros nas redes sociais. Afinal, em um lance, o jogador croata não só colocou a mão na cara do brasileiro, mas chegou a colocar os seus dedos dentro da boca do jogador.
Aqui, é preciso entrar no detalhe da decisão do VAR. O árbitro do VAR era holandês, país que jogou no mesmo dia contra a Argentina e poderia ser um possível adversário do Brasil. Ou seja, existiu um imenso conflito de interesses na decisão do árbitro, que deveria ser imparcial. Afinal, roubar o jogo em prol da Croácia garantiria que o Brasil, o adversário mais forte, não jogasse contra a Holanda na semifinal.
Isso sem contar no fato de que toda a arbitragem era europeia e, portanto, tem uma tendência de favorecer a Croácia, um país europeu, em detrimento do Brasil, um país latino-americano que representa a classe operária brasileira e, como foi visto pelas torcidas de países como a Índia e o Haiti, de todos os povos oprimidos.
O jogo em questão foi, de fato, o mais difícil para a Seleção até o momento. O primeiro tempo não fugiu muito do que via-se nas outras partidas disputadas pelo Brasil. A Croácia, inicialmente, manteve a sua retranca, mas aproveitou as brechas que encontrava para avançar contra os brasileiros. De maneira geral, os croatas conseguiram sustentar o jogo de maneira mais ou menos confortável, apostando, principalmente, na velocidade de seus jogadores.
O Brasil, por outro lado, estava acuado nos primeiros 45 minutos de jogo. Apesar disso, criou ótimas oportunidades de gol, faltando apenas as finalizações. Já no segundo tempo, a coisa foi completamente diferente. Os jogadores brasileiros mostraram toda a criatividade do futebol-arte e foram para cima dos croatas, gerando dribles, passes e chutes perigosos para os europeus. O mesmo foi visto na prorrogação, quando o Brasil balançou as redes dos croatas e quando, por um erro da defesa, acabou sofrendo um gol, levando o jogo para os pênaltis.
Cabe ressaltar que a esmagadora maioria das casas de aposta, bem como os analistas esportivos de todo o mundo, apontavam o Brasil como o favorito da Copa, a Seleção que estava a anos luz das demais. Algo que deixa ainda mais evidente o roubo contra o País.
De qualquer forma, a Seleção brilhou. O jogo brasileiro é, de longe, o melhor do mundo e, apesar de uma derrota, seguirá sendo assim enquanto um adversário à altura não se apresentar. O gol de Neymar ao final do segundo tempo da prorrogação é prova disso e de que ele permanece sendo o melhor jogador do mundo, mostrando-se um elemento indispensável para o time. O completo oposto do que disse a imprensa burguesa.
Apesar da tristeza, é preciso relembrar a campanha magnífica da Canarinha na Copa deste ano com uma Seleção que, sem sombra de dúvidas, entrará para a história como uma das melhores que o mundo já viu. Afinal, o Brasil tem muito do que se orgulhar pelo futebol, e não é a Copa que vai tirar isso do povo brasileiro.
As eliminatórias sul-americanas
Campeão absoluto, o Brasil deu um show nas eliminatórias que precederam a Copa. Com 45 pontos, seis de diferença do segundo colocado, a seleção brasileira terminou a fase invicta, com 14 jogos, três empates e nenhuma derrota. Um aproveitamento de 88%, de longe o maior entre todas as seleções participantes.
Já naquele momento, via-se claramente que o Brasil era o favorito para levar a taça para casa, algo que permaneceu real até mesmo no final de sua campanha. Afinal, enquanto seleções como a Itália não se classificaram para a competição, o Brasil mostrava ao mundo do que é feito o futebol brasileiro. A Alemanha e a Dinamarca foram as únicas invictas nas eliminatórias europeias, mas ambas saíram da Copa ainda na fase de grupos.
A fase de grupos
A estreia do Brasil deixou claro o quão superior é o futebol brasileiro. No jogo contra a Sérvia, os dois golaços de Richarlison repercutiram em todo o mundo. Seu gol de voleio foi, de longe, o mais bonito de toda a Copa. Contra a Suíça, a mesma garra brasileira esteve presente em campo. Ao mesmo tempo, a ausência de Neymar, que foi lesionado, deixou claro como seu papel no time era essencial.
O jogo contra Camarões, apesar de uma derrota, mostrou que o time reserva do Brasil é muito melhor que muitas seleções que estavam jogando na Copa. Àquela altura do campeonato, como o Brasil já estava classificado para as eliminatórias, Tite escolheu poupar os titulares da Seleção. Decisão que se mostrou acertada tendo em vista que Gabriel Jesus e Alex Telles tiveram de ser retirados do torneio em decorrência de lesões.
As oitavas de final
O jogo contra a Coreia do Sul foi um verdadeiro passeio. Ganhando de 4×1, com um gol de Neymar, um de Vinicius Jr., um de Paquetá e um de Richarlison, a Seleção brilhou em campo e deixou a sua imaginação correr solta, gerando lances sensacionais que deixaram o mundo boquiaberto.
Apesar da burguesia, o Brasil foi o melhor
Ao longo de toda a Copa, o principal inimigo da Seleção Brasileira foi a imprensa burguesa. Em primeiro lugar, seguindo a tendência dos últimos anos, lançou ataques ferozes a Neymar, utilizando a esquerda pequeno-burguesa como base para sustentar as suas críticas completamente absurdas. O jogador, no final, não precisou responder à campanha: mostrou, em campo, porque é o melhor do mundo.
Um dos casos mais grotescos dessa campanha de ataques foi o destaque dado a um jantar por parte dos jogadores brasileiros em um restaurante de luxo no Catar. A crítica seria a de que, enquanto os trabalhadores passam fome, os jogadores esbanjam carnes caras, algo demagógico, mais um pretexto para atacar a Seleção e o futebol brasileiro. Afinal, os jornalistas que encabeçaram essa campanha esqueceram de se perguntar o que Luiz Frias, dono da Folha de S. Paulo e um dos 10 homens mais ricos do Brasil, por exemplo, come no jantar.
Em suma, a imprensa burguesa teve um papel destrutivo no desempenho da Seleção Brasileira. Tais ataques não só desestabilizam os jogadores, como também servem para criar um clima de total descrédito e desmoralização do time. Coisa que é adotada, principalmente, pela esquerda pequeno-burguesa.
Obrigado, Tite!
Neymar provou, de uma vez por todas, que é o melhor, igualando, inclusive, o recorde de gols em partidas de Copa de Pelé, o maior jogador de todos os tempos. Na impossibilidade de culpá-lo pela derrota do Brasil, a imprensa logo correu para Tite, iniciando uma série de ofensas contra o técnico. Milton Neves, por exemplo, colunista do UOL, não poderia ser mais claro ao publicar um artigo intitulado Brasil pipoca contra a veterana Croácia e está fora da Copa: culpa de Tite!.
Para a infelicidade da imprensa capitalista, os números de Tite falam por si próprios. Como técnico que permaneceu por mais tempo dirigindo a Seleção, somando 2290 dias, Tite, que anunciou a sua saída antes mesmo do início da Copa, obteve um aproveitamento de 79,8%, maior, inclusive, que Felipão nas duas vezes que comandou o Brasil. A todo esse barulho, Tite afirmou: “Não coloquem herói ou vilão no esporte, porque não tem”.
No final, Tite foi espetacular. Sua atuação na Copa deste ano deixou claro que tem sim a capacidade e a coragem de dirigir a Canarinho, provando que a Seleção é a melhor de todo o mundo. Obrigado, Tite!
Obrigado, rapazes!
A participação do Brasil na Copa do Mundo chegou ao fim. Infelizmente, 2022 não foi o ano do Hexa. Porém, isso não muda o fato de que o Brasil é o único time pentacampeão de todo o mundo, algo que não mudará nos próximos quatro anos, tendo em vista que as únicas seleções tetracampeãs são a Itália e a Alemanha, ambas já eliminadas. Nesse sentido, decerto que o futebol brasileiro continuará crescendo até a próxima Copa. O elenco deste ano mostrou todo o seu potencial, algo que tende a ser cada vez mais desenvolvido com o passar do tempo.
Jogadores da Canarinha: vocês foram, são e sempre serão um orgulho imenso para o Brasil. A sua garra, raça e coragem representaram o povo brasileiro em campo e colocaram o Brasil, mais uma vez, em local de destaque, a imprensa burguesa nunca vai conseguir apagar esse legado. Seu futuro é brilhante, e podem ter certeza que os trabalhadores de todo o País estarão ao seu lado.
Vocês são grandes representantes da luta dos oprimidos. Obrigado, rapazes.