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Geraldo Alckmin

O nazista pode estar do seu lado sem você mal perceber

Enquanto todos se distraem com o linchamento de Monark, um nazista na prática se aproxima sorrateiramente para sabotar a candidatura do PT

A esquerda mordeu a isca e intensificou ainda mais o clima de policiamento de ideias, uma marca registrada não só do identitarismo mas também das ditaduras da direita, que desde Mussolini bebem todas na fonte podre do fascismo. De repente um youtuber que defendeu que o direito de organização partidária deveria ser o mais irrestrito possível foi eleito nas redes sociais e pelos monopólios da comunicação como o mais notório nazista do Brasil.

O clima de histeria foi tamanho que diversos entrevistados no programa do youtuber solicitaram publicamente a retirada dos episódios nos quais participaram, pois não poderiam compactuar com um nazista. Mas se Monark é nazista por defender o direito de organização da extrema-direita, o que dizer de quem atua concretamente como verdadeiros nazistas na política brasileira? O que é mais perigoso, ideias ou ações?

Enquanto a esquerda se empenha no linchamento virtual de um indivíduo não envolvido diretamente com o sistema político, temos um nazista real se infiltrando na candidatura Lula e num posto muito sensível que é a vice-presidência. Geraldo Alckmin não defende o nazismo e muito menos a liberdade irrestrita de organização partidária, mas tem um histórico de ações práticas que o qualificaria para integrar um governo assumidamente nazista, e não de esquerda.

Em 2013 o tucano comandou uma repressão violentíssima contra manifestantes contrários ao aumento do valores das tarifas do transporte público, que seria mais um duro golpe contra as condições de vida da população. A encarregada pela repressão, a SS dos dias de hoje chamada Polícia Militar, agiu com tanto empenho que atacou abertamente jornalistas que apenas registravam os acontecimentos, chegando ao ponto de cegar o olho esquerdo de um deles.

O anticomunismo característico dos movimentos da extrema-direita, como o próprio nazismo, foi ecoado no Brasil por toda a campanha antipetista, tanto antes quanto durante os governos do PT. E quem estava impulsionando com enorme poder de fogo essa campanha fascista contra o maior partido da esquerda brasileira? Monark? Algum outro youtuber? Ou Alckmin, o PSDB, a Globo e todo o monopólio da comunicação, que sempre apoiou abertamente os tucanos contra o PT?

Toda a direita golpista, que hoje se traveste de democrática, está no mesmo campo de luta que o nazismo. Seu inimigo é o mesmo, a classe trabalhadora e suas organizações. Seu principal aliado é também o mesmo, o imperialismo. Quem atua em benefícios dos monopólios capitalistas e contra o próprio povo só poderia ser mais nazista se assumisse de vez a simbologia em torno dessa expressão do fascismo, no caso o fascismo alemão.

Bolsonaro, identificado como nazista pela esquerda, só chegou ao governo federal graças à campanha levada à frente por Alckmin e seus comparsas, numa aliança entre todos os setores importantes da burguesia nacional e internacional e seus representantes nas instituições do regime político burguês. Um presidente fascista foi eleito com a ajuda desses “democratas”.

Para concluir, vale destacar que o PCO vai apoiar a candidatura Lula de qualquer forma. Consideramos um grave erro a aliança que se ensaia com Alckmin e seguiremos em campanha contra isso, porém a candidatura Lula segue sendo a única oposição eleitoral real ao processo de desenvolvimento do golpe. Representa uma derrota aos golpistas e à política do imperialismo norte-americano para o continente.

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