─ RIA Novosti, tradução do DCO ─ Os Estados Unidos não são mais os donos do planeta Terra, disse o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, durante uma longa entrevista à RIA Novosti e à RT, na qual avaliou as ações dos países ocidentais contra a Rússia no contexto da situação em Ucrânia.
“O mundo unipolar chegou ao fim. Os americanos não são mais os donos do planeta Terra”, disse ele.
Ele comentou sobre a operação militar especial e a atitude da sociedade russa em relação a ela, incluindo aqueles que saem do país, falou sobre a russofobia e disse se a Europa poderia recusar o gás russo. O vice-chefe do Conselho de Segurança também avaliou as ações dos países ocidentais.
A Rússia lançou uma operação militar em 24 de fevereiro para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. Em resposta, os países ocidentais anunciaram sanções em larga escala contra Moscou, principalmente no setor bancário e no fornecimento de produtos de alta tecnologia. Algumas marcas anunciaram que deixarão de funcionar no país.
O Kremlin chamou essas medidas de uma guerra econômica como nenhuma outra. As autoridades sublinharam a sua disponibilidade para tal desenvolvimento de eventos e asseguraram que continuariam a cumprir as obrigações sociais.
O Banco da Rússia está tomando medidas para estabilizar a situação no mercado de câmbio. As autoridades também anunciaram a transferência de pagamentos de fornecimento de gás para países hostis em rublos.
Além disso, o governo preparou um plano de combate às medidas restritivas, que inclui cerca de uma centena de iniciativas. O valor de seu financiamento será de cerca de um trilhão de rublos.
O presidente Vladimir Putin assinou na véspera um decreto ampliando os poderes das autoridades regionais na esfera socioeconômica. O documento também os obriga a aumentar os benefícios sociais, fornecer apoio direcionado aos cidadãos, garantir a estabilidade dos preços dos bens essenciais, controlar a situação no mercado de trabalho e reduzir as barreiras administrativas para as empresas privadas. O presidente também anunciou um aumento nas pensões, um salário mínimo e salários para funcionários do Estado.