Tostão pressiona o jogar italiano após a cobrança do lateral, tenta tomar a bola, continua atrás, Everaldo dá o bote, Tostão fica com a sobra e o time retoma a posse.
A zaga cadencia, o meio campo começa a atuar. Após alguns toques rápidos, Clodoaldo recebe a bola de Gerson e sai driblando todo mundo, atrai a marcação e toca para esquerda, para Rivelino, que tem tempo de olhar e tocar com maior profundidade para Jairzinho que domina, gira e dribla o marcador. Tostão já está na cabeça de área fazendo a parede e prende um zagueiro. Jair toca para Pelé, que para, e num lance genial, sem precisar olhar, pois já sabia onde estaria Carlos Alberto, toca e coloca bola no lugar certo e com a velocidade certa para o Capitão fuzilar de direita com um chute indefensável.
4 x 1 aos 41m27s do segundo tempo e com um dos gols mais bonitos de todos os tempos. Ali se vê de tudo. Tem a garra, o trabalho de equipe para retomar a bola, a zaga e o meio de campo cadenciando e atraindo a marcação com o drible e a individualidade, marcas registradas do futebol-arte. Tem passe em profundidade, tem passe na medida para o gol: uma obra-prima.