O rei idolatrado

O dia em que Pelé parou uma guerra

Muitos jogadores afirmavam que Pelé 'parava no ar' na hora de cabecear. No entanto, o Rei também foi capaz de parar uma guerra.

Pele homenageado

A força do carisma de Pelé são incontestáveis. Muita gente ia aos estádios para vê-lo jogar. Celebridades do mundo todo queriam conhecê-lo. Dentre os muitos fatos famosos envolvendo Pelé, consta que ele interrompeu uma guerra. É preciso lembrar que naquele período que a interferência do imperialismo transformou a África em um verdadeiro barril de pólvora, com inúmeras lutas por separação ou independentistas.

Em 1969, o Santos fez uma série jogos no continente africano cobrindo um total de seis países. A chegada foi em Pointe-Noire, na República do Congo. Enquanto o time foi de ônibus, Pelé foi de carro aberto. De acordo com Gilberto Marques, jornalista brasileiro que cobria a excursão, a presença de Pelé provocava uma “euforia quase inacreditável” no público. De uma população de oitenta mil pessoas, trinta mil assistiram ao “jogo do século”, segundo a imprensa local.

Em seguida, o Santos foi para o Congo e jogou em Brazzaville, a capital. Apesar de terminar o primeiro tempo perdendo por 2×0, Pelé marcou três gols no segundo tempo, e o Santos venceu.

No segundo jogo, o Santos enfrentou a seleção do Congo e perdeu. Lima, jogador santista, disse que os jogadores congoleses “se jogavam no chão” e “choravam” de alegria pelo resultado. Segundo Gilberto Marques, foi uma verdadeira “histeria coletiva” e a capital do país viveu “o maior carnaval da história”. O dia 23 de janeiro, em homenagem a essa vitória, foi declarado Dia Nacional do Esporte.

O time do Santos não deveria ir para a Nigéria, pois o país vivia uma guerra civil. Alguns dias depois, o governo da Nigéria garantiu que não haveria confrontos durante a estadia do time no país, o que efetivamente foi cumprido. A partida contra a seleção nigeriana terminou em 2 a 2.

O Santos foi para Moçambique e voltou para a Nigéria. A partida contra o Estado do Centro-Oeste deveria se realizar em Benin. O Benin, porém, estava em um conflito armado com região separatista de Biafra. Nesse momento é que foi negociado o cessar-fogo para que pudesse ocorrer a partida. No dia do jogo, as forças do Congo_Kinshasa (ex-Zaire) e do Congo Brazzaville propuseram um armistício para ver o Rei jogar.

Qual outro jogador no mundo causou tanta paixão e reverência? Pelé foi um verdadeiro ícone, as pessoas negras, na maioria esmagadas pela burguesia, se sentia representada em sua pessoa.

Pepe, que atuou a seu lado no Santos, dizia que na Europa, por exemplo, os jogadores saíam do hotel para passear sem serem ‘incomodados’, quando era Pelé, instantaneamente se reunia uma multidão ao seu redor, querendo autógrafos ou apertar sua mão. E, como disse Tostão, que jogou a seu lado na Copa de 70, o craque estava sempre de bom humor e recebia a todos com muito carinho. Um verdadeiro Rei.

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