A União Europeia anunciou que tem a intenção de impor sanções econômicas contra a Rússia devido ao apoio aos referendos que ocorrerão a partir de amanhã (23) nas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, bem como em Kherson e na parte de Zaporíjia libertada pelos russos e pelas milícias populares.
“A Rússia, seus líderes políticos e todos os envolvidos na organização de referendos, assim como em outras violações do direito internacional e do direito internacional humanitário na Ucrânia, prestarão contas e medidas restritivas adicionais contra a Rússia serão introduzidas o quanto antes em coordenação com os nossos sócios”, diz declaração oficial do bloco europeu lida pelo seu representante para a política externa, Josep Borrell.
Trata-se de uma violação sim, mas não por parte da Rússia. O imperialismo utiliza o direito internacional burguês como quer. Diz que a “invasão” russa da Ucrânia é uma violação, mas nada fala sobre a vontade dos povos do sudeste ucraniano de garantirem sua autodeterminação, de terem a independência com relação à Ucrânia e se unirem à Rússia. Esse anseio ocorreu devido ao golpe de Estado de 2014 em Kiev, promovido pelos EUA, OTAN e pela mesma União Europeia que acusa a Rússia de violar o direito internacional.
Ora, o que seria um golpe de Estado promovido de fora do país senão uma violação flagrante do direito internacional e da soberania nacional de um país independente?
Os referendos nas repúblicas e regiões do Donbass ocorrerão entre os dias 23 e 27 de setembro e a maior probabilidade é que ao menos 70% da população das regiões vote a favor da adesão à Rússia. Se o povo quer se integrar à Rússia, essa sua decisão deve ser respeitada.
Por outro lado, as sanções que a UE e o conjunto do imperialismo mundial impõem à Rússia, essas são, são uma violação flagrante do direito internacional, pois tratam-se, em todos os casos, de sanções unilaterais que sequer passaram pelas Nações Unidas.
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