Histeria

Nossa, quantos crimes dos bolsonaristas, meu Deus!

De pedir colaborações até montar banheiros químicos: as desculpas utilizadas pela imprensa burguesa para taxar as manifestações de antidemocráticas

Desde o encerramento das eleições presidenciais, no final de outubro, os bolsonaristas têm realizado manifestações pelo País, sobretudo com o método de obstruir estradas, mas também realizado apenas caminhadas ou concentração de pessoas.

Esse fator fez com que a esquerda entrasse em histeria e, acompanhada pela imprensa burguesa, realizasse uma campanha intensa contra as manifestações, chegando ao absurdo de chamar os participantes de golpistas, arruaceiros e até mesmo terroristas.

Não só isso, mas ações foram observadas por parte do judiciário, mais especificamente do Supremo Tribunal Federal (STF), ações intensamente repressivas e inconstitucionais, com a desculpa de que os manifestantes eram antidemocráticos e atentaram contra as instituições e o estado de direito brasileiro — um evidente absurdo.

Uma das principais acusações vigentes nos últimos tempos é de que os bolsonaristas estão sendo financiados por fazendeiros, empresários e outras figuras de alto escalão — não só isso, mas também recentemente foi encontrado um sítio onde são fornecidos acesso a grupos de Whatsapp e Telegram, bem como os locais onde as manifestações ocorrem, assim como pedem por doações para manter as ações pelo País.

Então perguntamos ao leitor: qual o crime em tudo isso?

Começamos pelo fato de que as manifestações não são ilegais. Bloquear rodovias, apresentar reivindicações — todas essas ações fazem parte do direito à manifestação, até do direito de greve. Não só isso, mas são ações amplamente realizadas pelos trabalhadores, inclusive pela esquerda, que agora reproduz os argumentos que eram utilizados contra ela, a exemplo do ferimento do “direito de ir e vir”. Ao militante verdadeiro que nunca bloqueou uma estrada, que atire a primeira pedra.

O fato do STF estar batendo tanto na tecla de que os manifestantes são antidemocráticos e estão cometendo um crime, é um alerta fortíssimo para a esquerda. Esse setor da política parece se recusar a perceber que, se vale para um, vale para todos, ou seja, se a direita não pode mais protestar, então a esquerda também não pode — e o STF vai fazer questão de fazer com que isso aconteça.

Outro ponto importante é: qual o crime de criar um local onde os interessados podem ver onde estão ocorrendo as manifestações, criar maneiras de entrar em contato com os organizadores e pedir doações? Não existe crime para isso, é uma possibilidade que não deveria nem passar pela cabeça de alguém. Como seria, por exemplo, se pequenas organizações beneficentes, partidos, projetos culturais e outras atividades não pudessem ser financiadas pela sociedade civil, e muito menos encontradas pela internet?

É evidente que é um absurdo pensar que qualquer uma dessas ações é um crime. É possível sim apontar a participação de empresários, fazendeiros, figuras importantes da direita, mas, até aí, são setores bolsonaristas, ou seja, não se esperaria nada menos do que isso deles — ou seja, de qualquer forma, continuam não sendo crime.

Outro ponto que tem sido alvo da histeria impulsionada pela imprensa burguesa com o aparato dos bolsonaristas durante os atos. Banheiros químicos, barracas com comida e diversas placas pedindo contribuições financeiras — tudo isso, apesar de não ser citado como crime, é colocado como tal ao ser colocado em um texto onde tudo o que tem acontecido nas manifestações é crime. Caso seja necessário explicar, podemos ter a paciência de afirmar que: 1. Colocar banheiros em uma manifestação não é crime; 2. Entregar comida em manifestações não é crime; 3. Mais uma vez, pedir doações não é crime.

A esquerda precisa abandonar essa vontade repressiva que a possui de tempos em tempos: em vez de reclamar dos manifestantes bolsonaristas, que são reprimidos por governadores direitistas e pelo Estado burguês, poderiam, por exemplo, reclamar dos atos antidemocráticos do STF, da censura generalizada ou da tentativa de cerceamento de direitos desde a derrubada de Dilma Rousseff, a qual verdadeiramente sofreu um golpe — o qual um setor da esquerda, diga-se de passagem, não deu nenhuma bola no momento, e até mesmo apoiou.

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