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2026 é com ele!

Neymar aposentado é o caral*##o!!

A imprensa burguesa tenta aposentar Neymar da seleção brasileira. No entanto, seu papel no ciclo da Copa de 2026 será ainda mais importante do que já foi

É quase uma sessão de tortura abrir os jornais e portais de internet da imprensa capitalista após a derrota da seleção brasileira nas quartas de final da Copa no Catar. Não que seja algo prazeroso fazê-lo nos períodos, digamos, de “normalidade”. Mas fato é que essa imprensa, pelo seu caráter de classe, em razão de expressar especialmente os interesses da burguesia imperialista, aproveita cada revés do povo explorado e trabalhador para aumentar a carga e despejar em escala ampliada o esgoto que costuma jogar diariamente. A derrota para a Croácia nos pênaltis é, com certeza, um desses reveses. E bastante importante, por sinal!

Certamente, não há nenhuma surpresa no que estamos vendo agora. Que os ataques contra a seleção, contra os jogadores brasileiros, contra os treinadores brasileiros, contra o futebol brasileiro de maneira geral iriam aumentar, isso era certo. Que Neymar seria ainda mais sacaneado do que já fora nos últimos tempos, também não é surpresa. 

Falemos dos ataques a Neymar. A forma particular que eles vêm assumindo após a eliminação precoce do Brasil é a discussão em torno da sua aposentadoria na seleção. “Fim da era Neymar?”, diz uma manchete num dos portais da imprensa burguesa. O intragável Juca Kfouri, um dos principais representantes da esquerdinha que tem lugar cativo nos órgãos da burguesia, pontifica que “Como Tite, seria ótimo se Neymar também resolvesse encerrar o ciclo dele [na seleção].” Não é difícil prever que esse será um cavalo de batalha dos inimigos do futebol brasileiro. É uma oportunidade para tirar o melhor jogador que o Brasil formou na última década (pelo menos!) do escrete canarinho.

O argumento da idade é o que tem servido de justificativa para defender essa posição. Neymar teria, em 2026, trinta e quatro anos. Para a imprensa burguesa, esse fato condenaria o jogador brasileiro à aposentadoria. A Copa no Catar teria sido a sua última. E já que em 2026 não teria chance, melhor já jogar o boné e se despedir da seleção desde logo…

Leio uma matéria na Folha de S. Paulo que diz: “craques da seleção do passado não conseguiram estar em uma Copa aos 34”. E cita, para comprovar a tese, que Pelé disputou a Copa de 1970, sua última, quando estava a três meses de fazer trinta anos; que Garrincha disputou a Copa de 1966 com trinta e três; que Didi, em 1962, também tinha trinta e três, mesma idade de Zico em 1986; que Rivelino, em 1978, contava com trinta e dois, enquanto Ronaldo chegava aos trinta na Alemanha em 2006 e Ronaldinho Gaúcho aos vinte e seis no mesmo ano. Sim, a matéria, malandramente, lembra que Romário poderia ter sido campeão em 2002 com trinta e seis, não fosse a decisão do treinador de não levá-lo. 

O argumento é absolutamente falacioso e especulativo. Quem saberá como Neymar estará em 2026? Trinta e quatro anos está longe de ser uma idade condenatória para um jogador disputar uma Copa do Mundo. Ainda mais para um craque, um jogador muito acima dos demais. Será que essa imprensa esqueceu que o festejado  Lionel Messi disputa a Copa atual com trinta e cinco anos? E que o camisa 10 da Croácia, Modric, o “altruísta” segundo o venal Casagrande, e igualmente festejado pelos canalhas da imprensa golpista, conta atualmente com trinta e sete anos?! Trinta e sete, e não trinta e quatro!! 

Para a imprensa capitalista, os brasileiros constituem mesmo algo como uma raça diferente das demais. Uma ração inferior, diga-se. Um francês, um inglês, um croata, até mesmo um argentino poderiam facilmente ultrapassar a barreira dos trinta e quatro anos, mas um brasileiro, não. Essa é a imprensa da metrópole, do imperialismo, um instrumento da classe dominante contra o povo.

Neymar não deve ser aposentado por essa escória. Contra a propaganda imperialista é preciso opor uma propaganda em defesa do futebol nacional e de Neymar em particular. O jogador possui um papel decisamente fundamental na próxima etapa da seleção. Uma nova geração vem ocupando espaço na equipe, é verdade. Mas, como sempre, e ainda mais em se tratando de Brasil, é preciso de jogadores experientes, jogadores para segurar o rojão quando a situação estiver difícil, jogadores para tranquilizar o ambiente quando a coisa estiver quente, jogadores para enfrentar a pressão que os inimigos do povo brasileiro impõem com particular voracidade a cada quatro anos. Ninguém melhor do que Neymar para exercer essa função. Na verdade, não seria exagero dizer que Neymar foi talhado ao longo dos anos para ocupar esse papel. Quem, mais do que ele, teve que sofrer e enfrentar a campanha de calúnias, a pressão contra o seu futebol, a violência dos adversários? 

Os trinta e quatro anos de Neymar, no final das contas, serão o seu trunfo, e não a sua maldição. Cada vez mais armador e articulador, e menos atacante velocista, das equipes em que joga, Neymar tem ainda uma longa estrada por percorrer na seleção brasileira. Representante da arte do futebol brasileiro, o ciclo de 2026 deve começar irremediavelmente com ele. É e continuará sendo o nosso camisa 10, rumo ao hexa!

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