Cicero Ribeiro Araújo, é o candidato do Partido da Causa Operária (PCO) ao cargo de Senador nestas eleições de 2022. Um cargo parlamentar em um espaço totalmente dominado pela direita e pelo pior da política clientelista, que faz qualquer trabalhador se ver há quilômetros de distância desta instituição.
Entretanto, a candidatura do PCO tem um papel muito mais importante do que a mera disputa a um cargo burocrático. Cícero, representa uma tribuna para o programa do partido, um programa revolucionário para a classe trabalhadora brasileira, único meio que realmente acabará com o regime de opressão da burguesia.
O Programa do PCO
O programa eleitoral do PCO nada mais é do que uma tradução do seu programa político regular, estabelecido há décadas, traduzido para a situação atual, estando sintetizado em pautas como:
- O estabelecimento de um salário mínimo vital de, pelo menos, 7.500 reais, para que uma família possa ter, enfim, as mínimas condições de sobrevivência;
- Reposição de 100% das perdas e aumento imediato de 50% nos salários para conter a carestia;
- A redução da jornada de trabalho para 35h e manutenção dos salários, para acabar com o desemprego;
- Reestabelecimento de todos os direitos trabalhistas retirados da CLT, fim da terceirização e trabalho somente com carteira assinada;
- Estatização dos bancos e de todo o sistema financeiro para acabar com a especulação e a espoliação da economia e dos trabalhadores;
- Expropriação dos latifúndios e implantação da reforma agrária, com terra para quem trabalha nela.
- Fim da política de privatizações e reestatização das empresas privatizadas;
- Reestatização da Petrobrás, Eletrobrás e demais empresas públicas essenciais ao desenvolvimento do país.
- Fim do teto de gastos e da Lei de responsabilidade fiscal, que somente são artifícios para que o Estado deixe de investir nas necessidades dos trabalhadores;
- Fim da PM e direito à autodefesa dos trabalhadores, com o direito ao seu armamento.
Veja mais do nosso programa em www.candidatos.pco.org.br
São alguns dos pontos do programa político do PCO que está sendo mostrado em milhões de panfletos que estão sendo distribuídos em panfletagens por todo o país, por militantes, simpatizantes e apoiadores.
Para o PCO o candidato não é “candidato de si mesmo” ou seja, não representa seus interesses pessoais, mas sim a política do partido que, como um partido operário, representa os interesses da classe operária. Mas, vamos lá.
O companheiro Cícero Riberio, 63 anos, é natural de Ruy Barbosa, com forte relação com sua terra natal e a cidade de Itaberaba, é formado em educação física e pós graduado em terapia transpessoal, participou da fundação do PT em Salvador, é policial federal aposentado, atualmente além de militante do PCO é corretor de imóveis e professor de Esperanto. Atuou durante toda a sua carreira profissional nos sindicatos da categoria, associações e participou da organização e fundação de cooperativas de crédito.
A única da esquerda?
Sim, para um desavisado poderia achar um exagero considerarmos a candidatura do PCO ao Senado pela Bahia a única de esquerda, o que de fato o é, pois representa um programa realmente que visa atender inteiramente os interesses dos trabalhadores baianos, sejam eles pretos, brancos, mulheres, LGBTs.
A candidatura do PSOL, da qual alguns podem se questionar sobre o “viés de esquerda”, destacamos que, infelizmente, nos últimos anos, para não dizer desde sempre, o partido do “solzinho” tem se caracterizado por defender políticas direitistas como o apoio à operação Lava a Jato, a defesa do aparato de repressão defendendo medidas de mais repressão como a lei da ficha limpa (responsável por impedir a candidatura de Lula em 2018, por exemplo), concordando e pedindo a atuação da justiça vendida e antidemocrática como no caso do STF e seu misterioso processo das “Fake News”, defendido medidas contra a liberdade de expressão pedindo e aplaudido os “cancelamentos” de parlamentares e até pessoas comuns por se pronunciarem nas redes socais, sem contar o apoio ao golpe de 2016 que uma de suas principais lideranças, Guilherme Boulos, fez. A lista corrida é grande.
Outro ponto a se destacar é a política igualmente direitista tocada pelo PT local que não lançou candidato próprio, acabando de “estender o tapete vermelho” para a direita nadar de braçada nas eleições.
Não vamos também, acreditar que o candidato do PSD, um partido direitista que votou o impeachment contra Dilma Rousseff, recheado de oportunistas em todo o país do quilate de Ratinho Júnior, governador do Paraná e outros tantos, vai trazer “grandes mudanças” para os trabalhadores baianos, só pelo fato de fazer parte da panela de Rui e Wagner. Essa é a velha política, aquela que vivemos com ACM, o velho, que a esquerda teima em repetir.
Enfim, o programa revolucionário do PCO com seus candidatos militantes, que estão nas ruas panfletando, que acabaram passar por uma sabotagem do TSE de Xandão que segurou a verba pública eleitoral por 20 dias, é que representam o povo pobre e trabalhador e trazem, de fato, um caminho para a vitória dos trabalhadores, não nas urnas, mas na luta contra a burguesia, para estabelecer o Estado Operário e construir uma sociedade socialista.