Um encontro estadual realizado pelo MST no PR em dezembro (14 e 16) reuniu cerca de 500 militantes na comunidade Maila Sabrina, em Ortigueira, conforme relatado pelo Setor de Comunicação e Cultura do MST-PR.
A 60 quilômetros da área urbana de Ortigueira, bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), postura que revela um sentimento combativo dos membros do MST, demarca a entrada do território do acampamento Maila Sabrina, comunidade camponesa formada por mais de 400 famílias vindo de todas as regiões do Estado, que recebeu o Encontro Estadual do MST do Paraná.
“A coesão política do acampamento Maila Sabrina se expressou de maneira contundente na campanha e também no resultado das urnas, sendo uma das 143 sessões eleitorais brasileiras com 100% de votos para o presidente Lula.” (portal MST)
“Mesmo com todas as adversidades, nós avançamos. Agora temos que seguir e resistir, porque a construção da revolução é feita a cada dia. Agora vamos ajudar a criar o novo, esse Brasil liberto, em que a democracia seja da classe trabalhadora”, disse a companheira Izabel Grein, integrante da Direção Estadual do MST-PR.
“Assim é o Movimento, uma permanente construção”, disse Ceres Hadich, da direção nacional do MST. “Um permanente acúmulo de forças. Na luta pela Reforma Agrária Popular, temos entendido cada vez mais que a nossa missão é ocupar, produzir, alimentar, organizar, formar, massificar, disputar corações e mentes”.
Essa organização do MST evocando plenárias e reunindo essa parte importante da classe trabalhadora camponesa revela um caráter correto das lideranças dos movimentos sociais quanto ao seu papel na conscientização do verdadeiro caminho a ser seguido pela classe trabalhadora para obter a libertação da opressão provocada pela classe burguesa.

Acerta o MST realizando plenárias, esse exemplo tem que ser seguido por todos os movimentos de trabalhadores no campo na luta pela Reforma Agrária, em todos os Estados. Fortalecer o governo Lula é a única saída de se conseguir fazer passar as pautas que favorecem à classe trabalhadora nesse atual modelo de democracia burguesa . Está claro, pela pressão já iniciada pela burguesia contra Lula, que ainda nem iniciou seu governo, que somente no fortalecimento da polaridade à esquerda, pela organização dos movimentos sociais, vai tornar o governo Lula um governo das mudanças propostas pelo petista em sua campanha, bem como reabilitar os direitos dos trabalhadores do campo que sofreram intenso ataque após o golpe de 2016.
A constante mobilização propicia o desmantelamento da destruição dos direitos dos trabalhadores feita pela política neoliberal da direita, iniciada no governo FHC e levada a cabo agora por Bolsonaro que entregou o patrimônio mais valioso dos trabalhadores com as privatizações das empresas de energia, saneamento e transporte. O MST com isso, tão afetado pela política neoliberal, consegue acelerar o processo de Reforma Agrária garantido pela Constituição de 88 e que foi ignorado pelos neoliberais.





