O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) acerta em suas ações de ocupação de fazendas improdutivas localizadas na Bahia. Recentemente, no último final de semana (12 e 13 de novembro), centenas de famílias ocuparam fazendas na Chapada Diamantina. Dentre as fazendas ocupadas estão a Fazenda Gentil, localizada no município de Maracás, e a Fazenda Redenção, localizadas entre os municípios de Planaltino e Irajuba, todas abandonadas há anos e que não cumprem sua função social.
Para tanto, urge a necessidade de ocupar as terras para garantir para a sociedade alimento e condições humanas de assentamento do povo. Segundo informações, as áreas pertencem à empresa Ferbasa que faliu e abandonou as terra que eram utilizadas para cultivo de monocultura de eucalipto, deixando-as muito agredidas pela forma de cultivo na região. Ou seja, o assentamento é um alívio para a manutenção da terra e melhoria da qualidade da produção agrícola naquela região.
Na Bahia, é a décima sétima ocupação do MST nas terras improdutivas que aglomeram trabalhadores rurais e trabalhadores periféricos que passavam dificuldades e insegurança alimentar nas áreas urbanas e, nas ações de ocupação, já se organizam para a produção de alimentos e criação de animais, bem como já constroem os barracos para moradia.
A reforma agrária é um eixo importante na luta dos trabalhadores por melhorias sociais no campo, para que, com o governo operário, se consiga trazer tecnologias e melhorias no escoamento da produção agrícola suprindo as regiões urbanas de alimentos e resolvendo a situação dos sem tetos e sem terra no Brasil. O governo Lula é justamente a momento ideal dos trabalhadores para que possam fazer os movimentos sociais agirem em prol das lutas dos trabalhadores e das lutas sociais que são urgentes e, nessa perspectiva, é para o MST invadir mesmo as terras improdutivas e fazer justiça social para os trabalhadores rurais.
Lula presidente é um alívio para as lutas sociais e o MST deve mobilizar suas bases junto aos partidos operários e às entidades de base vinculadas à causa da terra para ocupar não apenas locais específicos já historicamente marcados para serem ocupados, mas também associados à luta unificada dos trabalhadores. Nesse sentido, é fundamental acionar tanto os Partidos, como os Sindicatos, a CUT e demais entidades de classe a se mobilizarem para mapear o Brasil inteiro que está improdutivo nas mãos do latifúndio que apenas especula a terra e nada produz.
É preciso fazer com que a terra seja tomada e que esse tipo de ação seja o princípio da reforma agrária, que deve partir das entidades de base unificadas e, assim, melhorar as condições de vida de toda a população.