Copa sob ataque imperialista

Morte de jornalista serve à imprensa imperialista contra o Catar

As mortes de dois jornalistas, ainda que por causas naturais, estimulam novos ataques do imperialismo através da imprensa mundial

Neste último sábado, o falecimento de um jornalista fotógrafo criou a oportunidade para o imperialismo renovar o seu ataque à Copa no Catar.

Por meio do seu Twitter, a rede de televisão Al Kass Sports do Catar, informou que o fotojornalista Khalid Al-Missalm faleceu quando trabalhava na cobertura dos jogos daquele dia. O comunicado dizia :”Com enorme tristeza, e corações que acreditam na vontade e no destino de Deus, os canais Al Kass Sports lamentam a morte do falecido”. Também era informado que fazia parte do Departamento de Criatividade.

 O site de esportes cluctchpoints.com informou que o jornalista catari foi levado ao hospital local mas não resistiu.

Como no comunicado não foi divulgada a causa da morte, esta fatalidade serviu para vários meios de comunicação, em sua maioria ligados ao imperialismo, continuarem a repercutir a morte de um outro jornalista ocorrida na sexta anterior, quando acompanhava o jogo Holanda x Argentina no estádio.

O estadunidense Grant Wahl, 48 anos, teve um mal súbito na tribuna de imprensa do Estádio icônico de Lusail durante o 2° tempo da Prorrogação. Os relatos dos jornalistas no local é que ele desmaiou e teria sofrido um ataque do coração. O jornalista recebeu atendimento no local por equipe de primeiros socorros.

No seu blog, ele relatou que tinha ido ao hospital local, onde teria recebido o diagnóstico de bronquite. Inclusive reconheceu do esforço que estava se submetendo nos últimos dias. Escreveu : “O meu corpo, finalmente cedeu. Três semanas de pouco, estresse elevado e  muito trabalho podem fazer isto”. Um prenúncio  da fatalidade?

Wahl era um jornalista experiente, tendo coberto oito Copas do Mundo, além de vários outros eventos esportivos. O funcionário do canal estadunidense CBS foi um dos 82 jornalistas homenageados pela FIFA e pela associação internacional da imprensa esportiva AIPS pelo número de participações na competição mundial.

No dia 21 de novembro, a sua entrada no estádio Ahmed bin Ali para acompanhar o jogo entre Estados Unidos e País de Gales foi barrada pela equipe de segurança por 25 minutos, por usar uma camisa com estampa de arco-íris. Ele postou no Twitter uma foto vestindo a camisa e criticando a postura dos seguranças. Sua entrada foi permitida com a chegada de um funcionário de escalão superior que pediu desculpas pelo acontecido.

Ainda assim, este entrevero foi usado pelo irmão do jornalista para afirmar que ele foi assassinado, como foi amplamente divulgado pela imprensa imperialista sem apresentar nenhuma prova nem mesmo de ameaças.

A campanha contra o Estado árabe continua de modo intenso. Tanto que além da associação dos falecimentos dos jornalistas, encontraram os testemunhos de dois jornalistas afirmando que a equipe de primeiros socorros não teria empregado um desfibrilador.

A reportagem de Adriano Wilson, do UOL, traz os depoimentos do argentino Lucas Bertelotti, do site Goal, e do britânico Josh Glancy, do jornal The Times. Wahl só teria sido submetido às manobras de reanimação cardiopulmonar. Segundo a reportagem, Glancy fez um texto para o jornal inglês onde questionava a suposta ausência do equipamento médico em um estádio que teria custado um bilhão de dólares.

Em resposta a uma indagação do jornalista do UOL, a FIFA confirmou que os protocolos médicos foram cumpridos e que segundo o relatório do Serviço de Ambulância da Hamad Medical Corporation, o equipamento estava disponível e foi utilizado, e que ele foi transferido para o hospital. A reportagem do UOL estima que ele ficou pelo menos 30 minutos no hospital ainda que reconheça que a equipe médica estava prestando o atendimento.

O Catar tem sido alvo de ataques do imperialismo não pela sua política em relação às mulheres e aos gays, visto que vários estados árabes aliados dos Estados Unidos, como a Arábia Saudita, tem as mesmas restrições, e sim porque tem sido liberadas as manifestações de apoio à Palestina durante a competição, bem como o governo catari tem se aproximado do Hamas.

Infelizmente, vários setores da esquerda brasileira negam apoiar a defesa dos povos oprimidos, em especial os palestinos e outros povos árabes vítimas do imperialismo. Pelo contrário, preferem seguir a sua propaganda arco-íris seletiva, subordinada ao imperialismo.

Os elementos verdadeiramente anti-imperialistas devem continuar atentos na defesa a este Estado árabe.

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