Uriel Terán, procurador-geral do Peru, solicitou 18 meses de prisão preventiva contra Pedro Castillo e o ex-primeiro-ministro Aníbal Torres. Os dois estão sendo acusados de rebelião e de tentar dar um golpe de Estado. A promotoria enviou o pedido a Juan Carlos Checkley, juiz da Instrução Preparatória, após formalizar a investigação contra ambos. Segundo a lei do Peru, a prisão preventiva pode ser de até três meses em situações mais complexas e com possibilidade de fuga.
Nessa terça-feira (13/12), a Justiça rejeitou um recurso da defesa do ex-presidente que pedia a sua libertação antes do cumprimento de sete dias de detenção e optou por deixar Castillo na prisão.
Durante uma audiência, Castillo declarou o seguinte diante do tribunal: “Estou injusta e arbitrariamente detido. Não sou ladrão, estuprador, corrupto ou bandido”. Ele ainda ressaltou que nunca cometeu crimes de conspiração ou distúrbio da ordem.
O Ministério Público afirmou que o líder da esquerda mandou a Polícia Nacional do Peru (PNP) e as Forças Armadas se levantarem em armas contra os poderes do Estado e a constituição, determinando o fechamento do Congresso e a reestruturação do Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal Constitucional.