Na próxima semana, São Paulo será palco de grandes debates no XI Congresso do Partido da Causa Operária. Dos dias 11 a 14 de agosto, militantes do PCO virão de todas as regiões do Brasil e do mundo para participarem deste momento crucial para a política nacional: a organização da luta da classe operária.
A situação presente no Brasil tem um imenso potencial mobilizador e a classe trabalhadora precisa se unificar na vanguarda desta luta. Em um contexto político no qual alguns setores da esquerda foram cooptados pelo imperialismo e outros capitularam de forma confusa, não apresentando combatividade contra os golpes da burguesia contra a classe trabalhadora, o PCO se apresenta como a opção verdadeiramente à esquerda e revolucionária.
Nas palavras de Luiz Eugênio Honorato, metalúrgico e pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PCO, esse é o momento mais importante do partido:
“Cria-se muita expectativa e muita responsabilidade para os militantes que se envolvem e recebem o conhecimento dos outros. São trocas de experiência. O PCO é um partido de militantes e estudantes; um partido ousado que se mete em todas a estrutura do Estado e propõe transformá-lo”.
“A expectativa para o Congresso é que aprofunde cada vez mais a discussão”, defende Luiz Eugênio. “Que saiamos com bastante compreensão da conjuntura, bastante unidos e comprometidos com as tarefas militantes, porque depende de nós darmos uma resposta à essa conjuntura de desmonte que está sendo feita no país, à cegueira política das outras direções. Estamos vivendo a cegueira política das direções preconizadas por Trótski.”
O cenário geopolítico internacional indica uma tendência ao aumento da crise, fazendo com que a inflação não apresente perspectiva de queda e flagele cada vez mais o bolso do trabalhador. À medida que só a força das ruas pode derrotar a carestia e o desemprego, a classe operária seguirá voltando ao seu papel de ator mundial. Como disse Lênin, “o Partido é a vanguarda da classe operária”, ou seja, o nosso trabalho é impulsionar a classe trabalhadora, dando um caráter centralizado nas greves e movimentações em torno de uma consciência política de todos os trabalhadores.
Em todo o país, militantes se organizam para garantir que o Congresso ocorra de forma exemplar, como conta a militante do Rio Grande do Sul, Julia Scalvenzi. “Pela importância e empenho que estamos colocando na atividade, tudo indica que será um grande evento que, além de oficializar nossos pré-candidatos e eleger o Comitê Central do PCO, também será uma grande ação de defesa do partido frente aos ataques que estamos sofrendo.”
“Estamos nos organizando para levar dezenas de militantes e simpatizantes aqui do Sul até São Paulo para podermos realizar o Congresso”, continua. “Estamos chamando as pessoas pelas redes, por panfletagens, nas ruas e onde mais der.“
Fortalecer o PCO significa fortalecer um partido militante e de combate. Um partido que não comercializa seus princípios. Para a esquerda cooptada, não há saída e não há revolução, ou seja, se faz necessário levar a campanha política ainda mais para as ruas, mostrando que há, sim, uma saída – e é pela esquerda.
Acrescentando ao comentário de Julia, que também milita na Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), o militante de São Paulo e bancário aposentado, Carlos, comenta sobre a importância dessa organização no momento atual. “Um Congresso de comunistas é um encontro muito importante na vida do militante e do partido. É um momento em que nos reunimos para traçar o caminho que devemos trilhar nos próximos capítulos da luta de classes, e acredito que isso por si só é um momento de muita alegria e envolvimento dos participantes.”
Carlos reforça o ponto de que a prática revolucionária requer uma teoria revolucionária, e, por meio dos debates e discussões presentes no Congresso, os militantes e filiados estarão dando um importante passo na compreensão do presente para aplicar uma ação política que vá rumo ao socialismo, buscando acabar com as injustiças sociais e os privilégios de classe. “Sairemos fortalecidos nessa luta. Com certeza”.
A luta do Partido da Causa Operária pode ser vista não só em solo nacional, de acordo com Adriana Machado, militante do PCO em Nova Iorque. “Todos nós do exterior percebemos a importância da política do PCO no âmbito internacional.”
Adriana, que virá ao Brasil para o Congresso junto de companheiros da França, Inglaterra, Finlândia e Alemanha, também comenta sobre a importância do PCO enquanto linha de frente revolucionária. “Não encontramos nenhum partido com a excelência teórica e prática similar à do nosso partido em nenhum lugar no mundo. O programa do PCO é vanguarda mundial.”
“A maioria de nós saiu do Brasil por uma insatisfação com a situação do país. O PCO nos mostra a importância do Brasil no cenário mundial e a importância das eleições desse ano. Estamos todos engajados, mais do que nunca, com os assuntos brasileiros e muitos de nós pensamos em voltar para militar junto do partido em São Paulo.”
O Congresso ocorre em um período eleitoral onde candidaturas vindas da burguesia ocuparam o lugar de candidatos operários, fazendo com que o caráter de classe fosse abandonado por partidos e organizações que deveriam defender aqueles que dizem representar. Não podemos negociar a defesa das liberdades e nem os princípios da esquerda.
Para se juntar à Adriana, Julia, Carlos, Luiz Eugênio e todos os outros militantes que estarão na capital paulista nos dias 11, 12, 13 e 14 de agosto, acesse congresso.pco.org.br. Nenhum ato é pequeno e nenhum camarada é apenas mais um camarada. Caso você ainda não seja filiado, este é o momento de se juntar à luta em defesa da classe trabalhadora, participando dos debates que darão rosto ao caráter combativo do PCO e participando do ato público, no dia 14, contra a censura, pela restituição das redes do PCO e contra as ações ditatoriais do STF.
Concluindo com as palavras de Luiz Eugênio, candidato a governador pelo Rio de Janeiro,
“A discussão conosco é profunda porque somos provocados na essência da estrutura.”
Defender a revogação das reformas dos golpistas, a defesa da soberania nacional, melhores condições de vida e o pleno direito à terra, moradia e um reajuste imediato do salário fazem parte da essência da luta do Partido da Causa Operária.
“O Congresso é essa arena de debate e de consolidação de um programa de luta unido.”