A Conferência de Negros do Coletivo João Cândido já recebeu companheiros de quatro regiões do País nas falas iniciais. Os militantes vêm dos estados nordestinos de Pernambuco e Salvador, do Paraná, representando a região Sul, dos estados sudestinos Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro e ainda camaradas oriundos do Distrito Federal, em delegação da região Centro-Oeste.
O companheiro Luiz Eugênio, do PCO de Volta Redonda, metalúrgico e membro do Coletivo Sindical do PCO, considerou a Conferência um marco:
“Primeiro, o lugar. O Jacarezinho é um símbolo de repressão do Estado, de covardia das polícias. Em segundo, é o local por metro quadrado onde tem mais negros. Iniciar uma conferência por aqui é um grande evento para se iniciar um trabalho de resistência, de luta e de consciência política”.
Adriano Teixeira, militante do PCO no interior do Paraná, chegou na sexta-feira (18) no Jacarezinho:
“Logo de manhã a gente se deparou com o aparato de repressão, o BOPE, com umas caminhonetes, parecendo uma verdadeira máquina de guerra intimidando a população”
Apesar da repressão criminosa, Adriano destacou o papel positivo da atividade:
“Entregamos panfletos, a população aceitou muito bem o programa e o que mais ouvimos foi a palavra de ordem Lula Presidente”.
Eric Menezes, militante do PCO e representante da Bahia na Conferência, e bancário e membro da coordenação do Coletivo João Cândido. O que mais chamou a sua atenção foi a atividade de rua antes do início dos trabalhos da Conferência:
“Foi muito interessante, com lideranças do bairro, incluindo a questão do Lula Presidente, o fim das polícias e dos presídios e as condições de vida da população. A gente está aqui discutindo propostas concretas para os negros”.
A Conferência de Negros segue ao longo da tarde de hoje (19) e de todo o domingo (20).
