O presidente do México, López Obrador, está organizando nas últimas semanas uma grande mobilização popular em defesa do seu governo e contra os resultados eleitorais apresentados pelas eleições de meio de mandato, onde a oposição, financiada pelo imperialismo, obteve vitórias pontuais contra seu governo. Obrador convocou manifestações contrárias as manifestações golpistas organizadas pela direita e passou a adotar uma política mais clara contra o imperialismo, ao reivindicar uma reforma no Instituto Nacional Eleitoral (INE), responsável por organizar as eleições no país.
O presidente mexicano, acusa que as autoridades eleitorais manipularam os resultados, são corruptas e que falta transparência em como foi realizado as eleições. Dessa maneira, o governo, que está completando quatro anos de mandato, decidiu buscar apresentar um projeto de lei no congresso para reformar o instituto eleitoral. No entanto, em resposta, os golpistas realizaram atos no último dia 13 e, agora, centenas de milhares de pessoas saem às ruas para defender o governo de López Obrador.
“Estou muito feliz, feliz e, acima de tudo, muito agradecido ao povo, a todos, porque a bondade, generosidade e solidariedade de nosso povo foram novamente reveladas. É uma fórmula eficaz e não falha: se as pessoas são cuidadas, as pessoas respondem”, afirmou o presidente mexicano nesta segunda-feira.
“Não se deixe enganar que as pessoas não saberão como diferenciar quem tem amor pelas pessoas e que no fundo as despreza ou maltrata ou as considera inferiores”, complementou, ao denunciar a direita e o imperialismo no país.
O presidente mexicano, que entrou no governo como um político extremamente moderado, passou a adotar cada vez mais uma posição de conflito com os interesses do imperialismo no país. Pressionado pela ação da direita, López vai sendo obrigado à ir para esquerda, se apoiar na mobilização popular, e denunciar o próprio regime político. O caso mexicano é um exemplo para o Brasil: não se pode confiar no regime, muito menos na veracidade das eleições, é necessário garantir nas ruas a vitória dos trabalhadores.

Estas foram as maiores manifestações no México desde 2005, quando o partido de López Obrador, o AMLO foi ameaçado de ser colocado na ilegalidade pela direita imperialista.