Não faz muito tempo que diversos grupos sionistas supostamente de esquerda começaram a atacar o PCO por defender o fim do Estado de Israel, ser contrário a uma das mais criminosas ditaduras no mundo hoje seria uma questão de antissemitismo, de anti-humanismo etc. Uma patifaria sem tamanho. Não importa o que esses esquerdistas de araque acreditem, a realidade é que Israel é um instrumento profundamente violento da dominação imperialista no Oriente Médio e num momento em que a liberdade de expressão tem sido duramente atacada pelo regime imperialista sob a falsa bandeira do combate às fake news, as forças israelenses se colocaram na missão de assassinar aqueles que noticiam seus abusos.
Cerca de três semanas atrás, Shireen Abu Akleh, repórter do jornal Al-Jazeera, foi assassinada pelas tropas sionistas enquanto trabalhava na cidade de Jenin, na Cisjordânia, num dos muitos exemplos de extrema covardia por parte do Estado de Israel. A jornalista foi propositalmente baleada enquanto portava um colete à prova de balas e seu enterro foi reprimido de maneira grotesca, aqueles que carregavam seu caixão foram espancados etc., tal qual denunciado neste diário. O caráter fascista deste governo é tão evidente que não quis nem mesmo abrir uma investigação fantoche sobre o assassinato.
Chegamos, então, ao dia 1º e mais uma jornalista palestina, além de outro jovem, foi morta pelas tropas israelenses, desta vez no campo de refugiado Al Arroub nas proximidades da cidade de Hebron. Ghofran Wasrana, de 31 anos, foi assassinada com um tiro no peito e teve seu socorro por parte de médicos do Crescente Vermelho palestino impedido por cerca de vinte minutos pelas forças israelenses que cometeram este crime covarde. A jornalista foi a óbito pouco depois de chegar no hospital Al Ahli em Hebron. Mais um vez cenas de repressão por parte de Israel àqueles que carregavam o caixão estão disponíveis nas redes sociais, foram atacados com bombas de gás lacrimogêneo e granadas de atordoamento.
O Exército Israelense afirmou que o assassinato foi em resposta a um suposto avanço de Ghofran com uma faca para cima de um soldado. Quem poderia duvidar de uma entidade tão íntegra quanto o Estado de Israel? Impossível que seja como é aqui em que um cidadão pobre é assassinado a sangue frio pela Polícia Militar sob justificativas das mais esdrúxulas! Tentam pintar a jornalista de terrorista e certamente usarão o fato de ter ficado presa durante três meses numa prisão israelense, tendo sido liberta no começo de abril deste ano, para corroborar esta mentira. Tentam pintar a luta dos oprimidos pela sua libertação como uma luta terrorista, mas o verdadeiro terrorismo é o terrorismo estatal organizado do Estado de Israel apoiado pelo Imperialismo, que esmaga a população palestina, que tudo faz para impedir que seus abusos sejam noticiados chegando ao assassinato de jornalistas. Enquanto existir o Estado de Israel, a libertação dos povos árabes, e em especial o palestino, será impossível.