Os banqueiros imperialistas espanhóis em solo brasileiro do Santander determinaram que, no próximo dia 22 (sábado), irão abrir as suas três mil agências espalhadas pelo país.
Segundo a justificativa esfarrapada da direção golpista do banco, a abertura no final de semana seria no sentido de “reduzir” o endividamento dos clientes, justificativa essa que, nesse caso, não faz sentido algum. Se ao longo da semana, nos cinco dias úteis, o banco não dá conta do recado, por que seria que em um dia de final de semana poderia resolver o problema!?
Na verdade, o que está por trás dessa nova investida dos banqueiros, em abrir as agências nos finais de semana, além de aumentar a exploração dos trabalhadores (o Santander já determinou que não pagará horas extras e dará o “direito” a folgar uma hora e meia para cada hora trabalhada no sábado), é eliminar uma conquista histórica das lutas da categoria bancária: a jornada de trabalho de 30 horas semanais.
Não é de hoje que os banqueiros estão investindo para que o Projeto de Lei, de autoria de um dos seus lacaios, no reacionário Congresso Nacional, cujo o partido é representante da ditadura militar na década de 1960, Arena, depois PFL, e hoje se escondem na legenda dos “Democratas” (DEM) de São Paulo, David Soares, seja aprovado para a abertura das agências bancárias nos finais de semana.
Os banqueiros do Santander são a ponta de lança dessa política.
O banco já havia dado esse golpe em 2019, passando por cima da lei, que proíbe a abertura de bancos e outros estabelecimentos de crédito nos finais de semana, com uma outra desculpa, também esfarrapada, de uma tal “educação financeira familiar”.
A medida do Santander não deixa dúvida que os banqueiros voltam a sua carga para eliminar um direito da categoria bancária. O que eles desejam, com a abertura das agências nos finais de semana, é uma coisa só: aumentar os seus lucros e, claro, para isso, sem aumentar os custos nas suas folhas de pagamento, irão aumentar a exploração dos bancários.
Vale ressaltar que no ano de 2021 o banco jogou no olho da rua mais de 3 mil trabalhadores, fechou, até outubro desse mesmo ano, 144 agências e 91 postos de serviços. Sem falar do rodízio de funcionários, política tradicional dos banqueiros, em que demite funcionários mais antigos, que recebem salários um pouco maiores, substituindo-os por funcionários novos ganhando bem menos. Enquanto isso o Santander lucra bilhões.
A abertura das agências nos finais de semana é mais uma investida dos banqueiros, um profundo ataque aos bancários que visa extinguir um direito histórico da categoria.
Os trabalhadores não devem aceitar mais essa arbitrariedade dos patrões; chamar as suas organizações de luta para organizar uma gigantesca mobilização para barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos.