─ rFi ─ Mais de 600 pessoas tentando atravessar o Mediterrâneo em um barco pesqueiro à deriva foram resgatadas no sábado (23) por um navio mercante e a guarda costeira ao largo da costa da Calábria, no extremo sul da Itália.
Eles foram desembarcados em vários portos da Sicília. As autoridades também recuperaram cinco corpos de migrantes que morreram a bordo em circunstâncias ainda desconhecidas.
Na ilha de Lampedusa, cerca de 522 pessoas do Afeganistão, Paquistão, Sudão, Etiópia e Somália, em particular, chegaram no sábado à noite a bordo de cerca de quinze barcos diferentes vindos da Tunísia e da Líbia.
De acordo com a mídia italiana, o centro de recepção nesta pequena ilha mais perto da África do que da Itália está transbordando. Com capacidade para 250 a 300 pessoas, abriga atualmente 1.200, de acordo com a agência Ansa.
Enquanto isso, as ONGs de resgate marítimo continuam a recolher centenas de migrantes naufragados no Mediterrâneo.
A SeaWatch disse, neste domingo, que havia realizado quatro operações de resgate no sábado (23). “A bordo do SeaWatch3, temos 428 pessoas, incluindo mulheres e crianças, uma mulher grávida de nove meses e uma paciente com queimaduras graves”, disse a organização em sua conta no Twitter.
A OceanViking, da ONG SOS Méditerranée, disse ter recuperado 87 pessoas, incluindo 57 menores desacompanhados, de “um barco inflável superlotado em perigo em águas internacionais ao largo da Líbia”.
Entre 1o de janeiro e 22 de julho, 34.000 pessoas chegaram por mar na Itália, contra 25.500 no mesmo período de 2021 e 10.900 em 2020, de acordo com o Ministério do Interior italiano.
A rota de migração do Mediterrâneo central é a mais perigosa do mundo. A Organização Internacional para as Migrações estima o número de mortos e desaparecidos nesta rota em 990 desde o início do ano.