Neste dia 11/06 ocorreu em João Pessoa o Arraiá do Bloco Amantes de Lula e a Feira Comunitária Luta Castelo, envolvendo algumas centenas de pessoas entre militantes da esquerda e moradores das comunidades próximas. A Feira é uma iniciativa dos projetos Biblioteca Baobazinho, Bloco Amantes de Lula, Castelo de História, Coletivo Pachamamá e Espaço Ilê Irê para mobilizar a comunidade local, que reúne comerciantes do bairro e proximidades e tem uma programação de oficinas dedicada à criançada. Já o Baile Cultural do Bloco Amantes de Lula vem se firmando como uma atividade cultural na cidade de mobilização pela defesa da candidatura de Lula à presidência.
Uma campanha pela mobilização
O Bloco Amantes de Lula, assim como o Bloco Vermelho, busca a unidade de diversos setores da esquerda pela mobilização popular. Ambos buscam a mobilização em torno de um programa popular que defenda os interesses da classe trabalhadora.
O Bloco Amantes de Lula conquistou duas marcas relevantes. A primeira foi a irreverência impressa no carnaval e cultura popular nordestina, noticiado até mesmo pelo site ofical de Lula à época. A segunda marca é o fato dessa agremiação ser focada no trabalho de agitação para a candidatura presidencial de Lula no pleito de 2022.
A Feira Luta Castelo também tem um caráter mobilizador, mas focado numa região específica da cidade de João Pessoa. Nesse fórum são tratados os problemas das comunidades que compõem a região, estimulando a organização e luta política dos moradores em torno dos seus interesses, com visão nas grandes movimentações políticas. A ideia é constituir nessa região, uma força política real ligada à classe trabalhadora, que possa agir massivamente na defesa dos seus interesses.
Unidade daqueles que lutam
No último sábado, 11/06, a Feira Luta Castelo iniciou sua programação às 15h e à noite iniciou o Arraiá do Bloco Amantes de Lula. Essa edição do baile cultural do Bloco chamou a atenção em dois pontos. O primeiro deles é a presença dos setores militantes mais ativos nas campanhas contra os golpes de Estado de 2016 e 2018, e agora pela eleição de Lula. Essa agremiação reune militantes do PCO, diversas correntes do PT, além de militantes avulsos, mas não menos aguerridos nessa luta, que orientam a prática da ação de diversos setores da esquerda local, através de um debate aberto e fraternal, colocando suas diferenças de lado para enfrentar a ofensiva da direita.
O segundo ponto é o fato dessa ser a primeira atividade na cidade de João Pessoa onde todos os partidos que apoiam a candidatura de Lula compareceram. Várias tendências e mandatos do PT enviaram seus representantes, havendo também diversas organizações da classe trabalhadora na agitação.
Em resumo, abriu-se uma oportunidade de unidade de fato daqueles que lutam contra o golpe de estado. O ensejo de uma campanha minimamente harmônica pela candidatura de Lula, tendo como eixo um programa popular.
O ataque ao PCO é um ataque à campanha de Lula
A política de unidade pela mobilização popular, através da campanha presidencial do Lula, tem mostrado seus frutos por todo o país. Ela demonstra ser o caminho mais viável para combater o regime de exceção imposto pelos golpes de Estado de 2016 e 2018.
O caso do Bloco Amantes de Lula não é um evento isolado, há diversos polos de aglutinação ocasionados pela atuação política de militantes do PCO. Essa atuação tomou corpo, lastreada na agitação e propaganda realizadas nas redes sociais do partido e sua imprensa, assumindo assim uma nova importância.
Justamente por esse crescimento e pelo caráter decrépito do regime político, as forças mais ligadas ao imperialismo, portanto, mais desgastadas tiveram que agir abertamente. Essa falência do Estado foi o ímpeto do STF para atacar o PCO e também será a circunstância que levará governadores e demais setores da burocracia burguesa a atacar os trabalhadores mobilizados.
Esse mesmo episódio de ataque ao PCO demonstra qual a política que deve ser seguida pela esquerda e toda a classe trabalhadora. A burguesia pode fazer tudo aquilo para a qual esteja organizada, mas toda ação tem um preço e os trabalhadores devem cobrar a burguesia o mais alto possível por esses ataques.
Os trabalhadores devem deixar claro, querem baixar nossos salários, tudo bem terão greves e ocupações. O imperialismo que brincar retirando os direitos democráticos dos brasileiros, em resposta colocaremos abaixo o seu regime de exceção.
Devemos aprender com as experiências de nossos irmãos latinos americanos, apenas a mobilização pode conter o ataque do imperialismo. Consciente que essa luta deve ser em torno dos interesses reais da classe trabalhadora e seu programa independente.