Neste e no próximo fim de semana, vamos realizar Conferências Estaduais na grande maioria dos Estados do País, preparatórias ao XI Congresso Nacional do Partido da Causa Operária, que acontece entre os dias 11 e 14 próximos.
Neste fim de semana, as Conferências ocorrem em 9 Estados: RS, SC, PR, SP, RJ, MG, DF, DF, BA, PE . Até o próximo fim de semana, eles se realizam em mais de 10 outros Estados.
Faremos isso, uma semana após termos feito a Convenção Nacional do Partido que, ad referendum do nosso Congresso (a ser feito após o prazo legal da realização das convenções eleitorais) , decidimos – por unanimidade – oficializar nosso apoio à candidatura presidencial do companheiro Luiz Inácio Lula da Silva, como parte da luta por um governo dos trabalhadores. Dessa forma, reafirmamos a posição que tornamos pública desde 2018, com nosso Partido sendo o primeiro a defender a unidade da esquerda e do conjunto das organizações dos trabalhadores, em torno de um candidato de origem operária que é o único, na etapa atual, capaz de mobilizar milhões de explorados em todo o País, para derrotar Bolsonaro e toda a direita golpista, que quer impor uma nova etapa do golpe de Estado de 2016.
Junto com o apoio, exclusivamente à candidatura de Lula, nós do PCO reafirmamos nossa posição de classe contra o apoio e a aliança com qualquer político e partido da burguesia golpista e reafirmamos nossa posição contrária à candidatura à vice, do ex-presidente do PSDB e ex-governador Geraldo Alckmin, inimigo dos trabalhadores e de suas lutas, e um dos impulsionadores de todas as etapas do golpe de Estado.
Vamos às eleições para erguer, também no processo eleitoral, uma tribuna de defesa não só das reivindicações dos trabalhadores diante da crise, desde as medidas mais sentidas e imediatas para combater a fome, a miséria e o desemprego, como a defesa do reajuste imediato de 50% de todos os salários, a redução da jornada de trabalho para o máximo de 35 horas semanais, a luta por um salário mínimo vital que seja suficiente para atender às necessidades de uma família trabalhadora (que hoje não poderia ser de menos de R$7 mil), mas também na defesa dos direitos democráticos de todo o povo – fundamentais, antes de mais nada para os trabalhadores e sua luta -; ao mesmo tempo na defesa de um programa próprio dos explorados diante da crise, de luta contra a burguesia e seus partidos que vêm como “saída” deixar dezenas de milhões morrerem de fome e esfolar outros tantos, como arrocho salarial, desemprego e miséria, para o que é necessário lutar pela mobilização dos trabalhadores nas ruas, pela derrota de todas as alas da burguesia golpista (de Bolsonaro e da terceira via, com a conquista de um governo das organizações operárias e camponesas, sem patrões e sem golpistas, que abra campinho para expropriar a burguesia e atender às necessidades populares.
Para impulsionar esta perspectiva de classe, revolucionária, nas Conferências Estaduais, além de debater a situação política nacional e internacional, vamos aprovar os nomes dos militantes da luta contra o golpe, das mobilizações pela liberdade de Lula, das lutas pelos direitos democráticos de todo o povo, e pelas reivindicações dos trabalhadores, da juventude, dos negros, das mulheres e de todos os explorados, como nossos candidatos a governadores, senadores, deputados federais e estaduais, em todas as regiões do País.
É o caso, por exemplo, da nossa chapa em São Paulo, que tenho a honra de integrar como candidato ao Senado, para se opor à política capituladora de setores da esquerda que são pressionados a apoiarem um carrasco dos trabalhadores para o Senado, o ex-governador e ex-vice das gestões tucanas, Márcio França (PSB), cujos governos que integrou distribuíram porrada e bala para os professores, estudantes, sem terra.. e que, em 2018, apoiou publicamente a candidatura de Jair Bolsonaro, disputando com Doria (PSDB) quem era mais direitista. Ele que há tem bem pouco tempo disse querer ser a terceira via em SP, com Lula e que, agora, como muitos carreiristas e políticos burgueses se apoia em Lula para auferir dividendos eleitorais e continuar defendendo os interesses da burguesia que sempre defendeu.
Junto comigo, está o companheiro carteiro e militante há décadas da luta dos correios, Edson Dorta, membro da direção nacional do PCO e organizador do Comitê de Luta de Campinas, de pé e atuante desde a luta contra golpe de 2016, autuante na campanha pela liberdade de Lula (cuja prisão foi comemorada por Alckmin e tantos “aliados” de agora) e legítimo representante das lutas operárias contra as privatizações e a retirada de direitos dos trabalhadores.
Integram ainda a nossa chapa, em SP, dezenas de companheiros operários, estudantes, ativistas das lutas dos negros, mulheres e demais setores explorados. Vamos às ruas defender que trabalhador vote em trabalhador ou “quem bate cartão, não vota em patrão”.
O mesmo ocorre nos outros estados onde abundam candidaturas como do companheiro negro e metalúrgico de Volta Redonda, Luiz Eugênio, candidato ao governo do Rio (único candidato operário a um cargo majoritário no Rio, onde a esquerda está dividida entre apoiar uma chapa “socialista” com o PSDB ou uma chapa dos traíras do PDT e PSD); da combativa companheira Lourdes Mello, professora e destacada militante das lutas contra destruição do ensino público, nossa candidata ao governo do Piauí; dos companheiros Renan Arruda e Expedito Mendonça, bancário e servidor federal, , dirigentes sindicais autistas, linha de frente da uta contra o regime golpista em Brasília (onde a esquerda está abdicando de construir uma alternativa dos trabalhadores); só para citar alguns poucos casos.
Nesses encontros, verdadeiramente democráticos e únicos na esquerda nacional ditados pelas necessidades imperiosas da luta de classe, neste momento, vamos avançar na preparação do XI Congresso Nacional do Partido da Causa Operária, que acontece entre os dias 11 e 14 deste mês, em São Paulo.
Nosso Congresso, pretende ser um importante centro de debates e deliberações diante da nova etapa política que se abre em todo o mundo, com a crise do imperialismo agravada pelas derrotas no Afeganistão, Síria e, agora, na Ucrânia; que no Brasil se expressa na profunda divisão da burguesia golpista, bem como no desnorteamento da esquerda burguesa e pequeno burguesa que segue em busca de conciliar com ela e, desta forma, capitula vergonhosamente, abandonando uma perspectiva própria de luta diante da situação, abrindo caminho para uma nova derrota dos trabalhadores.
Convido você, amigo leitor, a participar conosco desta importante empreitada, onde vamos dar passos firmes na direção de fortalecer a construção do partido operário e revolucionário, que é o PCO.
Que eles sirvam para impulsionar a luta do conjunto dos explorados, em geral, e principalmente a vanguarda da classe operária, cuja presença na cena política pode e irá determinar os rumos das bruscas mudanças que estão colocadas no horizonte.
Oxalá, em direção ao avanço da revolução e da luta pela derrota do imperialismo em todo o mundo, pela expropriação da burguesia e pela conquista de governos operários e socialistas em todo o Mundo!