Juízes do Tribunal Regional Federal da 2ª região (RJ e ES) formou maioria nesta quarta feira (2/2) para reduzir a pena do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex presidente da Eletronuclear, para 4 anos, dez meses e dez dias de prisão. A pena de reclusão foi substituída por duas restritivas de direito.
Othon, que é considerado um dos pais do programa nuclear brasileiro, com grandes conhecimentos em engenharia nuclear, com reconhecimento nacional e internacional, havia tido pena inicial fixada em 43 anos de prisão. Em sua sentença, o juiz Marcelo Bretas o condenou pelos crimes de: corrupção passiva, lavagem de dinheiro, obstrução às investigações, evasão de divisas e participação em organização criminosa.
Com isso fica a pergunta: como que uma pena pode ser reduzida tão drasticamente deste jeito, de 43 para 4 anos? Ou melhor, como que uma pessoa tão importante para a ciência e tecnologia nacional pode ser condenado aos absurdos 43 anos de cadeia?
Para isso, basta analisar de quem era o juiz Bretas em 2016, ano da condenação de Othon. Bretas pertencia ao braço fluminense da operação Lava Jato. Na época, o governo de Dilma Rousseff estava sob ataque sistemático e ininterrupto do imperialismo o que culminou com sua derrubada. A Lava Jato, criada nos Estados Unidos para atacar a soberania nacional, teve então papel crucial junto com a imprensa burguesa no golpe. Seu ápice foi a prisão de Lula.
Othon é um preso político da Lava Jato, sua prisão representou um duro ataque no desenvolvimento científico e estratégico em tecnologia nuclear brasileira. Esse sempre foi o “modus operandi” do imperialismo: fomentar e financiar golpes de estado para enfraquecer países mais pobres e atrasados como o Brasil, fortalecer seus monopólios e impedir a independência política econômica de outras nações
A redução de sua pena já é, em si, uma excelente notícia para o Brasil. É preciso, no entanto, ir além. É preciso anular todos os processos da Lava Jato e libertar os seus presos políticos.





