Na tarde deste domingo (04), ocorreu, em São Paulo, a primeira fase do vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular, a Fuvest. Após a prova, principal forma de ingresso na Universidade de São Paulo (USP) internautas se reuniram no Twitter para ironizar a dificuldade do exame.
A principal queixa da maioria dos jovens foi em relação a duas questões: uma que cobrava química na língua inglesa, e outra que trazia um texto em italiano.
Além disso, estudantes ressaltaram a demagogia do exame em relação ao identitarismo por meio de memes. Afinal, a prova abordou temas como questões de “gênero” e a difusão do termo “colaborador”, ao invés de funcionário, à luz de um texto de Jessé Souza. Questões que, no final, servem para mascarar a verdadeira luta dos povos oprimidos, a luta pelo fim do imperialismo.
Apesar do humor exposto nos comentários dos jovens que prestaram o vestibular, prova-se mais uma vez que, na realidade, o vestibular é feito para que o menor número de pessoas consiga passar. A própria taxa de inscrição mostra isso – custando cerca de 190 reais, representa mais de 15% do salário mínimo.
Finalmente, a burguesia não quer gastar com a juventude e, consequentemente, sucateia as universidades públicas diminuindo cada vez mais o número de vagas disponível.
Nesse sentido, precisam do vestibular para impedir que um grande número de pessoas passe e, consequentemente, excluir a necessidade de mais investimento na educação visando a criação de vagas.
A juventude deve lutar pelo fim de toda e qualquer forma de vestibular. As universidades devem ser de livre ingresso, para que os filhos dos trabalhadores, independente de sua educação, possam buscar uma educação superior se quiserem.
O contrário representa um ataque à classe operária que intensifica ainda mais a desigualdade social no País, expulsando os trabalhadores de ambientes acadêmicos.