A política reformista não atinge o cerne da questão também no caso dos alunos de universidades públicas, mesmo com toda uma “política” para colocar jovens na universidade, é difícil para eles se manterem estudando, pois ainda precisam trabalhar para se sustentar ou para sustentar a família.
As cotas, por exemplo, não são suficientes para manter os estudantes nas universidades. Uma jovem da periferia de São Paulo não conseguiu manter seus estudos na UNIFESP, depois de vencer todas as barreiras que seu cotidiano apresenta, inclusive com ensino público de baixo nível que é ofertado pelas escolas do governo e prefeitura, ela não consegue pagar nem os R$ 240,00 do vale transporte para ida e volta, num trajeto de duas horas, sem contar uma alimentação digna para estudar.
“Não tive oportunidade de sonhar, de estudar. Não foi diferente para minha mãe, para meu pai, para minha avó. Por que seria diferente pra mim?”, lamenta Beatriz Zeballo, de 20 anos.
Além disso, mesmo que os jovens saiam dos estudos para trabalhar, faltam empregos para todos no tão sonhando “mercado” de trabalho.
Para a resolução dessas questões é necessário o fim do vestibular e uma política agressiva de expansão de universidades, fim do vestibular e financiamento estudantil. O estudante deve recerber do Estado todo o amparo necessário para levar uma vida digna e produtiva em seus estudos.