Eliane Brum, uma das jornalistas reveladas durante o processo de golpe de Estado, lançará no dia 13 de setembro, um veículo de imprensa trilíngue sediado em Altamira, no Pará, na região do Alto Xingú. O sítio de notícias se chamará Sumaúma e terá como foco a cobertura jornalística da Amazônia. Além de ser financiada por fundações, Eliana Brum desenvolverá o veículo em parceria com o jornalista britânico Jonathan Watts, editor global de meio ambiente no The Guardian, reside na Amazônia. Este site chega no momento mais decisivo da história da região.
A linha editorial do El País, jornal direitista da Espanha, que tem um dos seus tentáculos no Brasil em versão “progressista”, está presente por intermédio das jornalistas Talita Bedinelli, ex-editora do El País Brasil e Carla Jimenez, ex-diretora do El País no Brasil. Ao núcleo base soma-se a peruana Verônica Goyzueta, correspondente internacional, que morará em Altamira (Metrópoles). De acordo com o Metrópoles “além da produção jornalística e do interesse em firmar parcerias com veículos estrangeiros, o projeto de Brum terá um laboratório para contribuir com a formação de jornalistas que moram na Amazônia e contará com um conselho, composto majoritariamente por lideranças da floresta, para definir os rumos da cobertura sobre a região”.
Eliana Brum apresentou o Cavalo de Troia via Twitter.
O inconfundível vocabulário identitário serve para disfarçar as intenções do imperialismo, que utiliza mercenários das letras para penetrar em todos os cantos do mundo e produzir informações que interessam ao estrangeiro que, diante da crise energética, pretende tomar a Amazônia, e nada mais simples e fácil que usar mão de obra abundante na imprensa.
Eliana Brum, uma das precursoras do golpe contra a Dilma, tem inúmeros artigos contra a Belo Monte entre outros temas atacando Dilma, especialmente no jornal El País, além de diversos veículos de imprensa como o próprio sítio e de ONGs. Brum ajudou a criar a farsa contra o desenvolvimento da Amazônia em favor do imperialismo e do golpismo. Outras matérias também revelam a forma de atuação de Brum, relacionado ao identitarismo, uma das protoformas do regime político.
Em artigo publicado no final do ano passado, Brum analisa o governo Bolsonaro: “A vagina que salvou o Réveillon do Brasil; ao cobrir a terra arrasada pelo canavial com uma buceta de 33 metros, a obra da artista Juliana Notari interrompeu a farra bolsonarista” em contraposição à Jair Bolsonaro que, segundo Brum “planejou e executou uma coreografia de ‘macho’ para abrir 2021“.

Brum continua sua “análise” sobre a relação entre a “buceta” em contraposição a Bolsonaro e diz: “Escolho me encontrar com a vulva ferida a partir do confronto do ato de Bolsonaro e da obra de arte de Notari. Talvez porque a obscenidade de Bolsonaro, num momento em que a pandemia volta a se agravar também no Brasil, nos feriu logo no irromper de 2021”.
Eliana Brum, é uma peça perfeita para ajudar o imperialismo a atacar a Amazônia, e sua trajetória na imprensa, escrevendo colunas contra o governo Dilma, agora fazendo demagogia identitária contra Bolsonaro, já podemos antecipar que não será um veículo de imprensa que visará denunciar as ações do imperialismo na região, ao contrário, será um instrumento, uma base. É possível vislumbrar a situação com o nome do site, provavelmente oriundo do artigo supramencionado:
“Vale lembrar que Bolsonaro declarou em seu primeiro ano de governo que a floresta amazônica é “a virgem que todo tarado de fora quer”, mostrando que tanto a floresta quanto as mulheres são femininos que devem ser violados e esvaziados de sentidos. Árvores como a Sumaúma escolhida pela artista Juliana Notari podem lançar até mil litros de água por dia na atmosfera apenas pela transpiração, num processo de uma beleza extraordinária que faz com que a floresta seja a grande reguladora do clima ao sul do mundo. Bolsonaro, porém, é o homem que inspirou o “dia do fogo” e fez a floresta queimar nas telas do planeta. Ele encarna o personagem do bandeirante e do colonizador, que violenta o corpo da natureza e todos os outros corpos que encontra na natureza, como o dos indígenas”
Esse tipo de jornalismo não é coisa séria, é uma forma de diversionismo em favor do regime político, não contribui para conservar o meio ambiente, não melhora a vida dos índios e não conscientiza para o fundamental, a luta política que virá pela frente, justamente contra a tomada da Amazônia pelos imperialistas, ao contrário, fortalecerá a captação de dados e informações para a tentativa de domínio do país. O jornalismo de Brum não atinge o fundamental, a crítica sobre a invasão imperialista na Amazônia e quem são seus saqueadores.





