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Frigoríficos

JBS: o lucro através de terras de desmatamento ilegal e grilagem

Escravização e lucro fácil com o total consentimento do governo

Em uma investigação realizada pela Organização Não Governamental (ONG) Repórter Brasil divulgada no mês de novembro (10) revelou que o grupo JBS/Friboi comprou, entre 2018 e 2022, quase 9 mil cabeças de gado criados em fazendas de uma quadrilha de desmatadores de Rondônia. 

Conforme a reportagem, a JBS/Friboi confirmou os dados obtidos pela reportagem e admitiu não apenas as compras irregulares, mas como a participação de seus funcionários no esquema. Segundo a companhia, essas compras foram registradas em seu sistema como tendo origem em uma outra fazenda, do mesmo grupo, que estava liberada pelos critérios socioambientais.

O grupo vinha, de má-fé, se valendo da conivência de funcionários da JBS/Friboi para “burlar o sistema e enviar gado produzido em fazendas com irregularidades socioambientais”, informou o frigorífico, que diz ter demitido funcionários envolvidos e que pretende “buscar reparação na Justiça pelos danos sofridos”.

Apesar da denúncia ser dirigida ao grupo JBS/Friboi, vários outros frigoríficos se utilizam do mesmo artifício e dá como exemplo o Frigorífico Minerva, que também comprou carne de uma das fazendas desses desmatadores.

Mas há uma gama de outras empresas que seguem com a mesma política de rapinagem, inclusive envolvendo a expulsão de indígenas de seus territórios. O grupo Casino, dono do Assaí, do Extra, entre outros, também já foi denunciado sobre a venda de carne de origem irregular.

Impunidade

Como sabem que ficarão impunes diante de suas atitudes de rapinagem, os patrões do grupo JBS/Friboi se utilizam de artifícios comuns a todos, ou seja, o de divulgar um artigo de que está cumprindo rigorosamente as determinações legais, “são cumpridores da lei”, como disseram a esse respeito em artigos anteriores onde foram questionados sobre o desmatamento irregular utilizado para pastagens e a invasão de terras. Essa foi a resposta à época sobre tal assunto: “A JBS não tolera desmatamento ilegal, trabalho forçado, uso indevido de terras indígenas, unidades de conservação ou violação de embargos ambientais. A Companhia mantém, há mais de 10 anos, um sistema para monitorar seus fornecedores em todos os biomas. Esse sistema garante o pleno cumprimento da Política de Aquisição Responsável de Matéria-Prima da Companhia e da Política de Monitoramento de Fornecedores de Gado do Ministério Público Federal (Boi na Linha)”.

Agora, quando não há como esconder sobre sua forma de ação, como diz o ditado: “O uso do cachimbo faz a boca torta”, o grupo JBS/Friboi, cuja única finalidade é  a obtenção do lucro a qualquer custo, mesmo escravizando os trabalhadores desmatando e invadindo territórios e, que às custas dessas condições obteve nos três trimestres deste ano, mais de R$13 bilhões, arrumou alguns de seus escravizados que, invariavelmente os chama de “colaboradores” para ser o bode expiatório que, consequentemente, vai ter que assumir pelos patrões, o culpado, provavelmente, um pau mandado da empresa, pelos serviços prestados, obviamente que foi demitido.

A Repórter Brasil afirma que a empresa tinha meios para checar essa informação, visto que os nomes das fazendas de origem estão registrados nas Guias de Trânsito Animal das transações. As GTAs são um documento obrigatório na compra e venda de gado e formam a base dos sistemas de monitoramento dos frigoríficos brasileiros.

Cumplicidade

No governo golpista do fascista Bolsonaro, a impunidade aos latifundiários foi a prática corriqueira, tanto é assim que, a latifundiária, golpista e ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deu carta branca para frigoríficos agirem quando e como bem quisessem, desde que trouxessem dólares para o Brasil. Esta foi a forma utilizada para o pagamento do financiamento do golpe e que tinha colocado o ilegítimo Bolsonaro no poder a partir de janeiro de 2019.

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