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Queridinho dos banqueiros

Itaú e ONGs estrangeiras estão por trás da candidatura de Boulos

Financiamento de campanha de Guilherme Boulos (Psol) comprova, mais uma vez, sua estreita ligação com os grandes capitalistas nacionais e internacionais

No final do ano passado, o Diário Causa Operária publicou uma série de denúncias bombásticas comprovando a relação direta entre Guilherme Boulos, garoto-propaganda do Psol e responsável pelo movimento golpista Não Vai Ter Copa, e o imperialismo por meio de organizações como a Open Society, de George Soros, e o National Endowment For Democracy (NED), da CIA.

Nas eleições deste ano, este Diário revelou, também, como funciona o financiamento eleitoral do Psol. Mais especificamente, como seus candidatos, como é o caso de Sônia Guajajara, são patrocinados pelos maiores empresários nacionais ligados diretamente a instituições como o Banco Itaú.

Confirmando as expectativas previamente estabelecidas pelas denúncias do DCO do caso Boulos-Warde, o ex-presidenciável do Psol também se serviu de uma fatia do dinheiro de grandes empresários brasileiros ligados, alguns, ao próprio imperialismo americano.

Uma visita do Banco Itaú

Seguindo os passos de sua “compatriota” Sônia Guajajara, Boulos recebeu R$ 60.000 de Elisa Sawaya Botelho Bracher. Filha de Fernão Carlos Botelho Bracher, um dos maiores banqueiros nacionais, Elisa possui um capital financeiro de cerca de 150 milhões de reais. Além disso, é irmã de Candido Botelho Bracher, ex-presidente do Banco Itaú e capitalista com capital social de mais de 1 bilhão e 400 milhões de reais.

Elisa dispensa caracterizações mais aprofundadas, pois já foi alvo de análise em outro momento, pesquisa que pode ser conferida por meio deste link. Todavia, a sua presença em ainda mais uma campanha do Psol e, principalmente, a de Boulos, mostra que o partido está profundamente envolvido com os banqueiros brasileiros. E não só de uma maneira ideológica, mas sim, econômica.

Carmen Silva, que acusou PCO de roubar celular, é paga pelo Itaú

A nova moda: o FFC

Um dos principais meios pelos quais candidatos dos mais diversos partidos têm feito suas campanhas financeiras é por meio dos chamados Fundos de Financiamento Coletivo, os FFCs. Dentre as centenas de plataformas que fornecem a infraestrutura necessária para concretizar essa modalidade de financiamento, é, no mínimo, curioso que a equipe de Boulos tenha escolhido justamente uma empresa completamente ligada ao capital financeiro e ao imperialismo, a AppCívico.

Os sócios

A começar por seu quadro de sócios, a AppCívico já revela suas origens. Os dois sócios-administrativos são Luis Marcello Hayashi e Thiago Berlitz Rondon. Em primeiro lugar, Luis é um empresário brasileiro que possui um capital social de R$ 17.806.000. Thiago, o CEO e fundador, apesar de não ter grande presença no mundo empresarial aquém da AppCívico, possui uma estreita ligação com a justiça eleitoral brasileira, principalmente em sua campanha contra a “desinformação”.

Fundador e codiretor do Instituto Tecnologia e Equidade (IT&E), Thiago Rondon foi convidado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2020, pelo então presidente Barroso, para ocupar o cargo inédito de “Coordenador Digital de Combate à Desinformação”. Em outras palavras, ele seria contratado para moralizar a justiça eleitoral e fazer uma ampla campanha digital contra as infames “fake news”.

Além disso, com o IT&E, ele participou da capacitação de 21 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) no que diz respeito ao combate à desinformação no ambiente digital. Também acompanhou a capacitação de 90 servidores da Justiça Eleitoral no mesmo sentido. Ou seja, um grande militante de uma das principais campanhas de intervenção do imperialismo no Brasil.

Menos Sônia Guajajara, mais Magno Souza

Os clientes

Outro dado revelador acerca do AppCívico é a sua lista pública de clientes. Veja a imagem abaixo:

Imediatamente, chama atenção o Facebook, a FGV e o Instituto Tide Setubal, organizações já reconhecidamente imperialistas. Entretanto, cabe destacar o Instituto Arapyaú, que tem como presidente Guilherme Peirão Leal, dono de 25% das ações da Natura.

Ademais, segundo documento do próprio Instituto, a Open Society, fundação de George Soros muito ativa na infiltração da política imperialista na esquerda brasileira, participa de uma série de grupos de trabalho responsáveis por concretizar a política da organização. Isso ao lado do Itaú, da WWF, da Unicef e de demais organizações estrangeiras.

Levando isso em consideração, fica claro que o papel de Thiago Rondon no TSE não é o de combater a desinformação, como diz a sua propaganda. Antes, parece tratar-se de um elemento diretamente ligado com grandes organizações imperialistas que possui acesso direto à doutrinação de instâncias importantes do judiciário brasileiro. Algo similar ao que ocorreu na Lava Jato, com o treinamento comprovado de juízes para levar adiante a operação ao estilo americano.

Obs.: todos os dados relativos a financiamento eleitoral foram retirados da plataforma oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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