Levantamento do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) revelou que cerca de 100 milhões de pessoas foram obrigadas a se deslocar de seus países ou cidades de origem em 2021.
Tratam-se de pessoas que foram obrigadas a se deslocar pelo globo tentando fugir da fome, da violência, da guerra e de toda sorte de infelicidades proporcionadas pelo imperialismo ,segundo o Banco Mundial existem hoje 23 países vivendo em meio a conflitos de média e alta intensidade.
O volume apurado é 8% maior do que o revelado em 2020 e mostra um crescimento de mais de 100% quando comparado ao ano de 2012,segundo o relatório “Tendências Globais” divulgado pelo Acnur. O relatório diz ainda que o quadro do primeiro semestre de 2022 é o da mais aterrorizante crise já vista desde a segunda guerra mundial.
Perto de 70% daquelas pessoas em situação de refugiados e deslocados no exterior vem de apenas cinco países:6,8 milhões da Síria, 4,6 milhões da Venezuela, 2,7 milhões do Afeganistão,2,4 milhões do Sudão do Sul e 1,2 milhões de Mianmar.
A amostra dos países de origem da maioria dos deslocados mostra o papel de agente protagonista do imperialismo nessa situação, todos eles sofrem consequência humanitárias por clara ação do imperialismo, em especial o norte americano.
A Venezuela por exemplo, por maior que seja o esforço do governo popular de Nicolás Maduro em prover a população, amarga as consequências do bloqueio econômico norte americano, no Afeganistão, os americanos que saíram fugidos do país após a retomada triunfante do Talibã, levaram consigo cerca de $ 9 bilhões de dólares e seguem impedindo que esse dinheiro, que deveria ser usado pelo governo do talibã para amenizar a crise econômica e humanitária no país causada pelas duas décadas de invasão norte americana , volte às mãos dos afegãos, deixando cerca de 55% da população afegã a beira da morte por falta de comida.
Até mesmo quando o assunto são os refugiados ucranianos, perto de sete milhões desde o início da invasão russa à Ucrânia, o deslocamento também entra na conta da ação imperialista, pois a investida russa não haveria razão de ser não fosse o golpe de estado arquitetado pelos americanos em 2014 na Ucrânia e seus desdobramentos ofensivos à Rússia.