Tomei por rotina ouvir o noticiário regular da Globo e de outros canais. Alguém pode torcer o nariz diante disso, talvez porque não consiga suportar a quantidade de verdades e honestidades apresentadas pela imprensa.
São pessoas incultas e brutas que não aguentam a defesa radical feita pela imprensa das instituições democráticas e da própria democracia.
Eu ouvi com calma todas as informações apresentadas no dia de ontem, e a preocupação deles com as eleições me deram a nítida certeza que vamos nos ferrar ainda mais neste ano. Muito bem que Jair Bolsonaro tenha feito seus tradicionais e até divertidos disparates, mas acreditar que a eleição brasileira corra na mais alta pureza é muita inocência.
É possível perceber que a imprensa está no encalço do presidente, ele mesmo oriundo de um golpe de Estado. Finalmente, a final do campeonato de 2018 contou com o W.O. do ex-presidente Lula. Não que ele não tenha comparecido ao pleito. Apenas não pode comparecer até o final… interessante que àquela época os ministros todos, hoje tão devotos da democracia, não ligaram a mínima para o ocorrido com Dilma, Lula e o PT.
Agora, em 2022, tudo o que se falar contra a urna, as eleições ou a justiça eleitoral, ou mesmo os ministros do Poder Judiciário, pode resultar em multas, detenção etc. A cassação do registro de candidatura já está garantida, nos termos das posições do Sr. Alexandre de Moraes, para que a democracia seja defendida de todos os que criticam os antidemocráticos atos dos tutores da democracia.
É interessante. A crítica dos atos antidemocráticos é respondida com censura e prisão de pessoas, sob qual pretexto? Defesa da democracia. Para defender a democracia é preciso menos democracia.
Agora, ninguém pode falar nada, absolutamente nada da urna eletrônica e devemos, por alguma razão extraterrestre, confiar no processo eleitoral nacional, que se dá no meio de um golpe de Estado, iniciado em 2016.
Rasgaram os votos dados à Dilma Rousseff em 2014, com sua deposição totalmente arbitrária. Depois, prenderam Lula para que não vencesse as eleições de 2018. E agora, por uma razão mágica, todos os vitimados do golpe deveriam crer que, por algum motivo, as eleições de 2022 serão totalmente limpas, honestas, imaculadas.
Não se pode falar em fraude. Está proibido. Não se deve contestar a capacidade da urna eletrônica. Está proibido. Não se pode falar mal, nem criticar nenhum dos ministros de nenhuma corte superior, ou desembargadores, ou juízes de primeira instância. Isso também é proibido.
Está proibido expressar as opiniões acima.
A palavra fraude é como você, quando criança, falar em sexo dentro de uma igreja.
Não existe, nem existirá fraude.
Estamos salvos, meus filhos.
Ide em paz e que o ministro vos acompanhe.
Palavras da salvação.
Graças a Deus!