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Colômbia

Gustavo Petro mantém massacre no campo e submissão aos EUA

Presidente eleito da Colômbia comprova que não tem nada de esquerdista

Gustavo Petro está para um líder dos trabalhadores assim como um lobo está para os cordeiros de uma fazenda. Transvestido de esquerdista, o identitário presidente colombiano que age como um capacho do imperialismo não possui nenhum vínculo real com a classe trabalhadora.

No último mês, o governo oportunista e reacionário de Petro reprimiu e despejou os camponeses, pobres e indígenas que ocupavam um latifúndio. Tal atitude jamais poderia ter sido tomada por alguém que realmente fosse de esquerda, como a imprensa capitalista defende que o presidente colombiano seja, pois as demandas das pessoas que ocupavam o terreno eram simplesmente por terra para trabalhar e local para morar. Desde que assumiu o poder, o exército colombiano, a polícia e a ESMAD (Esquadrão Móvel Antidistúrbios) foram acionadas inúmeras vezes para despejar as massas e enfrentar a luta dos trabalhadores, mostrando quem realmente são os inimigos de seu governo.

Como se não bastasse a postura ofensiva aos camponeses de um país que, historicamente, serve ao imperialismo, a base nacional de seu governo é sustentada nos latifundiários e na burguesia. Um exemplo de tal fato é a fala de José Félix Lafaurie, presidente da Federação Colombiana de Pecuários (Fedegan), quando ele propôs uma aliança dos donos de terra para atuar contra as ocupações. “Felizmente, as autoridades estatais deixaram claro que as invasões não podem mais ser permitidas e que as forças de segurança têm 48 horas, se não houver possibilidade de diálogo, para desalojar”.

Na fala do presidente da Fedegan vemos como eles, os donos de terra, e os governantes do país, encabeçados por Petro, enxergam a classe trabalhadora: como invasores que devem ser combatidos caso não saiam, por espontânea vontade, nas 48 horas iniciais de ameaças das forças de repressão. “O que o presidente Petro disse e demonstrou até agora é que ele respeita a Constituição e a lei”, finaliza José Félix, depositando toda a sua confiança no identitário Petro no que diz respeito à supressão de direitos da classe trabalhadora.

Somando a isso, tivemos a recente visita de Laura Richardson, general estadunidense, ao presidente colombiano. Laura, no caso, passa longe de uma democrata, sendo a chefe de um órgão chamado Comando Sul, que pertence ao Ministério de Defesa dos Estados Unidos e é o responsável pela “cooperação de segurança” da América Central e do Sul. Foram estes os golpistas yankees que Petro, o dito esquerdista que governa a Colômbia, recebeu em solo nacional.

Segundo a própria convidada norte-americana, a reunião se tratou de uma cooperação entre os dois países no âmbito militar porque a “Colômbia é um parceiro confiável e uma ajuda fundamental para a segurança da região”. Para os EUA, Gustavo Petro representa um porto seguro e importante aliado para fazer com que seus interesses na América Latina se cumpram, indo à contramão, por exemplo, dos anti-imperialistas da Venezuela e da Nicarágua.

Esses encontros nunca acontecem com seus principais interesses revelados, como foi no caso da Colômbia com a general estadunidense. Como é de praxe dos identitários, os interesses do imperialismo nunca poderão ser expressados por um homem. A vice-presidente colombiana comentou a visita da general, afirmando que a conversa “com a chefe do Comando do Sul se tratou de fortalecer a cooperação nos temas de segurança humana, violência contra a mulher, segurança ambiental e garantia dos direitos humanos”.

De fato. Quando sua casa pega fogo, o indivíduo chama o bombeiro. Quando possui problema hidráulico, chama o encanador. Mas quando possui questões ambientais e de violência contra a mulher, chama o exército estadunidense, clamando por intervenção imperialista na sua Amazônia e no combate aos camponeses.

A demagogia nas pautas identitárias é usada pelo imperialismo como forma de mascarar o caráter agressivo das suas políticas de dominação dos países empobrecidos (por eles). Para que utilizar da política do porrete logo de cara quando se pode fazer a própria esquerda cooptada clamar por intervenção estrangeira, através de seus agentes na América Latina como Petro, na Colômbia, Boric, no Chile, e Boulos, no Brasil?

Gustavo Petro e o governo colombiano não são aliados da classe trabalhadora, como deveriam ser, tampouco dos negros, índios, mulheres e camponeses, como dizem ser. Petro é um funcionário dos Estados Unidos na América. Um inimigo dos trabalhadores colombianos e de todos os trabalhadores sulamericanos de forma geral.

Como diz o ditado popular, “quem paga a banda escolhe a música”, e é por essa lógica que a música toca na Colômbia. Financiado pelos norte-americanos, Petro rege a sua orquestra de acordo com os desejos e interesses de seus contratantes. Em um momento, ordena suas tropas na repressão dos camponeses. Em outro, negocia com os imperialistas sobre a presença do exército estadunidense em sua Amazônia. A seguir, utiliza da polícia para expulsar os desabrigados de uma ocupação, e assim segue o seu concerto: fingindo que coordena algo, enquanto é apenas mais uma marionete fantoche dos EUA na América Latina.

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