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Crise capitalista

Governo alemão cita procupação com revolta popular devido à crise

Governos imperialistas reconhecem que a situação caminha para uma revolta popular cada vez maior

A grave crise econômica que atinge todas as economias do planeta desde 2008 sofre novos golpes com a pandemia e a intervenção militar da Rússia contra a OTAN e seus aliados em solo ucraniano, colocando em xeque todo o imperialismo, que demonstra total paralisia diante desses eventos catastróficos.

A forte dependência europeia do gás e petróleo russo, com os embargos econômicos aplicados à Rússia e Bielorrússia foram decisivos para aumentar a crise. O aumento do declínio econômico e social nos países da UE com a política neoliberal, estão levando a constantes revoltas populares, sendo marcadas pelas greves e outras manifestações contra a política de terra arrasada contra o povo, que vem sendo aplicadas pelos governos.

A crise e os embargos contra a Rússia impediram a inauguração do gasoduto Nord Stream II ao mesmo tempo em que o Nord Stream I necessitou que a turbina fosse enviada para manutenção em Montreal e como a política do Canadá é de adesão ao boicote à Rússia não querem entregar a turbina. Isso levou ao corte de 40% do fornecimento de gás russo à Alemanha, piorando ainda mais a crise na Alemanha.

Annalena Baerbock, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, em entrevista à RND postada no Jornal Sputnik disse que se não receber a turbina o país irá sofrer políticas internas devastadoras, se referindo às revoltas populares que poderão ocorrer com o impacto da falta de gás para aquecimento e também para movimentar as indústrias que o usam como fonte de energia.

Ao ter que lidar com as revoltas populares não poderão dar nenhum tipo de apoio à Ucrânia, já que o objetivo do governo é reduzir ao máximo o impacto social. Os altos preços do gás causam impacto muito grande para muitas famílias na Alemanha e o governo precisa assegurar que a guerra não provoque fraturas sociais.

As preocupações da ministra francesa tem razão de ser, a crise imperialista tem se mostrado bastante severa para os trabalhadores de todo o mundo devido à política neoliberal ao mesmo tempo que faz aumentar os lucros das empresas monopolistas gerando trilhões de lucro em plena crise.

Como temos noticiado frequentemente com relação à crise imperialista, que se encontra em deterioração do sistema como nunca antes visto, podendo ocorrer e de fato já está ocorrendo, inúmeras manifestações dos trabalhadores e de toda a sociedade contra o desemprego, redução de benefícios sociais, fome, miséria se alastrando por todo o planeta para garantir que o capital continue a ter lucros exorbitantes.

Os trabalhadores sabem perfeitamente que o único caminho para acabar com a fome e miséria deles é o caminho das ruas, em grandes atos contra os governos neoliberais capitalistas, através do Estado burguês que não vacila em usar a força bruta do braço armado contra os trabalhadores.

O mundo todo está em convulsão social devido à crise que atinge o sistema, uma crise de aparência terminal que levará ao poder a única classe capaz de substituir a atual burguesia parasitária. Isso a própria imprensa burguesa tem noticiado, de maneira encoberta mas o faz.

Desde o final do ano passado as fortes greves na Itália paralisaram diversos setores contra a política neoliberal do estado, demissões em massa, perda de direitos individuais e política de perseguição aos imigrantes. Em março voltam com força total paralisando 13 milhões de trabalhadores contando com a adesão dos estudantes e a sociedade, paralisando indústrias, escolas e serviços de saúde.

 Na Espanha o mesmo ocorreu, em março deste ano houve uma manifestação de 100 mil trabalhadores em Barcelona e Sevilla, e dias depois nova manifestação ocorreu com 300 mil devido à adesão de estudantes e a sociedade. Manifestaram contra a cúpula da União Europeia (UE) e contra o desemprego que atinge mais de 11%. 

Em 20 de junho houve uma greve geral contra o decreto de Aznar, que incentivava demissões, redução do auxílio-desemprego no momento em que a crise e as demissões aumentam, e em nova manifestação anti-imperialista. Vão às ruas com adesão de 80% da classe, paralisando todas as montadoras e siderúrgicas, todo o transporte urbano, escolas e universidades.

Na França voltaram a ocorrer greve dos controladores de voos contra a nova imposição política da UE por centralizar o controle aéreo que iria resultar em mais demissões e em aumento dos riscos à segurança. A greve estendeu-se para Bulgária, Croácia, Itália, Hungria, Grécia, Irlanda, Portugal, Eslovénia, Espanha e Suíça. 

Professores, alunos e pais se mobilizaram contra a decisão do governo em cortar substancialmente o orçamento da educação para aumentar o de defesa. A radicalização levou à generalização, à greve geral da classe.

Em Portugal a CGTP convocou greve dos transportes unindo os caminhoneiros de Portugal e Espanha, paralisando todas as rodovias que ligam os dois países.

Na Alemanha houve greve de 15 dias dos metalúrgicos por aumentos salariais, os operários da construção civil depois de 50 anos voltam a fazer greve, também os professores, bancários e servidores públicos.

Mais recentemente a imprensa RFI notícia que o governo francês se opõe a um objetivo único de redução de 15% do consumo de gás pelos países da União Europeia. De acordo com uma informação divulgada nesta segunda-feira (25) pelos membros do gabinete da ministra francesa da Transição Energética, Agnès Pannier-Runacher, a França defende uma “adaptação” dessas metas à realidade de cada país do bloco.

O governo francês defende que os membros do bloco cheguem a um acordo para vincular os objetivos de queda do consumo à capacidade de exportação de cada um dos países membros. Ao contrário da Alemanha, a França não tem problemas de abastecimento de gás e não depende do gás russo, disse ela.

Com a crise e com a intervenção da Rússia para defender sua soberania e segurança territorial, a UE já sofreu com a queda de governos da Bulgária, da Itália e da Inglaterra. Os jornais imperialistas culpam Putin, para esconder a verdadeira origem da crise, que é a derrocada final do imperialismo e do capitalismo.

A crise é anterior à intervenção militar na Ucrânia, a pandemia também, mas é o Putin o culpado. Na verdade escondem a incapacidade do sistema de manter o equilíbrio econômico e social interno a seus países e procuram um culpado exterior. 

Está claro que o capitalismo não tem mais condição de manter minimamente o padrão de vida dos trabalhadores ao nível que estava. Nesse quadro a tendência provável é o agravamento e piora das condições de vida dos trabalhadores e eles sabem que só a luta pode resolver de uma vez por todas essa miséria e escravização.

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