Documentos publicados no Brazilian Report, pela repórter Amanda Audi, denunciam que milhões de dados de beneficiários do auxílio Brasil foram antecipados para bancos oferecerem empréstimos aos cidadãos, muito antes da portaria ser oficializada, caracterizando um crime de vazamento.
“Uma das medidas mais controversas de Bolsonaro para a reeleição foi permitir crédito consignado a pessoas que recebem Auxílio Brasil. Conseguimos docs que mostram que dados sigilosos de milhões destas pessoas já circulam com vendedores desde junho, meses antes da portaria”, disse a jornalista Amanda.
Os dados divulgados foram número de telefone, endereço completo, número do NIS e CPF de cerca de 4 milhões de beneficiários de 21 estados, de diferentes cidades do país todo.
Além do vazamento dos dados, esse “crédito” foi discriminado por ógãos do governo que “aconselharam” seu descontinuamento:
“Economistas e entidades afirmam que o empréstimo consignado é uma armadilha para este público. Já são pessoas que vivem na pobreza, vão comprometer parte significativa da renda e se endividar ainda mais para conseguir pagar os juros. O desconto é feito direto na fonte”, relembra Amanda.


