Nos últimos anos os ataques à liberdade de expressão se tornam cada vez maiores, a extrema direita defende a censura abertamente, enquanto isso os identitários se infiltram na esquerda destruindo a sua posição tradicional de defesa desse direito. Na prática atualmente a única organização política do país, em todo o espectro político, que defende a liberdade de expressão total e irrestrita, a única possível, é o Partido da Causa Operária. Todos aqueles que consideram o direito ao pensamento e a livre expressão algo sagrado e desejam declarar seu apoio a essa política podem se filiar ao PCO como forma de demarcar essa posição.
A conquista da liberdade de expressão se deu por meio de uma intensa luta dos oprimidos, desde os tempos da inquisição em que milhares forem queimados por suas ideias passando pela luta contra o absolutismo que culminou na revolução francesa de 1789 e nos séculos seguintes em que os trabalhadores tomaram a dianteira da luta. A liberdade de expressão ficou estabelecida na declaração dos direitos do homem bem como na 1a emenda da constituição dos EUA, que até hoje se mantêm como um dos aspectos mais progressistas do país, que está sobre amplo ataque da burguesia.
Karl Marx desenvolveu a teoria do socialismo científico a partir do setor mais radical do movimento democrático, que se inspirou na revolução francesa. O marxismo considera que para atingir o socialismo primeiro é necessário se alcançar a democracia para ultrapassá-la e isso significa conquistar todos os direitos democráticos. O próprio Marx lutou muito tempo contra a censura quando era editor dos jornais Gazeta Renana e Nova Gazeta Renana, ambos censurados pelo governo da Prússia em 1842 e em 1849. Muitos de seus primeiros textos são defesas contundentes desse direito.
Os partidos operários que se formaram com base no marxismo também foram grandes defensores da liberdade de expressão. Rosa Luxemburgo afirmou: “Os social-democratas no nosso próprio país, assim como no mundo, defendem o princípio de que a consciência e as opiniões das pessoas são coisas sagradas e intocáveis.” Já Vladimir Lenin escreveu no programa do Partido Bolchevique: “Liberdade ilimitada de consciência, palavra, imprensa, reunião, greve e associação”. E essas palavras não foram ditas ou escritas em vão, elas foram arduamente defendidas pelo movimento operário.
A burguesia por sua vez abandonou a luta pela liberdade de expressão ainda no século XIX, desde essa época é ela na realidade que impõe a repressão e a censura. Durante as ditaduras como na Alemanha nazistas ou nas ditaduras latino americanas impostas pelos EUA nas décadas de 1960 e 1970. E também nos regimes democráticos em diversos momentos e de cada vez mais intensa no passado recente. Os grandes exemplos são os de Julian Assange, preso e torturado por seu jornalismo investigativo, e Snowden, exilado na Rússia pelo mesmo.
No Brasil após o golpe de Estado de 2016 a censura se tornou cada vez maior. O ex-presidente Lula por exemplo foi proibido de ser entrevistado pela justiça enquanto estava preso ilegalmente no ano de 2018. Não só isso, como todo o processo eleitoral de 2018 foi marcado por uma gigantesca censura, não se podia utilizar a palavra Lula nas eleições, a justiça chegou a confiscar material de campanha. Outro absurdo foram as faixas de antifascismo nas universidades que também foram censuradas pela justiça eleitoral.
Durante o governo Bolsonaro a própria extrema direita se tornou o alvo da censura, o deputado bolsonarista Daniel Silveira chegou a ser preso ilegalmente, Roberto Jefferson também. Isso deixou claro que a principal força por trás da censura não é em si a extrema direita, mas sim o imperialismo, quem de fato controla o STF e todo o sistema judiciário no Brasil. É o imperialismo também quem financia a ideologia identitária e o cancelamento, outra das grandes justificativas para a censura nos tempos atuais, o caso Monark é um dos mais relevantes.
O apresentador de podcast afirmou que os nazistas deveriam ter o direito a ter seu próprio partido, a mesma posição que o marxismo. Em nenhum momento ele defendeu o nazismo em si, mesmo assim uma gigantesca e fulminante campanha caluniosa de campanha de cancelamento foi lançada contra Monark pelos monopólios da imprensa e das redes sociais. Todos os patrocinadores ameaçaram largar o Flow Podcast e assim ele teve se sair de seu próprio podcast por expressar sua opinião. Esse acontecimento, com o maior podcast do Brasil, aconteceu também com o maior podcast do mundo, o Joe Rogan Experience, de forma semelhante uma semana antes. No caso dos EUA Joe Rogan conseguiu se manter, mas diversos episódios antigos foram censurados.
O clima de censura, a ideologia repressiva e também as próprias leis antidemocráticas crescem cada vez mais. O STF estabeleceu um precedente para prender qualquer um e é evidente que tudo isso se voltará inevitavelmente contra a esquerda, principalmente o seu setor mais combativo, aquele que vem lutando contra o golpe de Estado desde 2016 e em defesa do presidente Lula. Por isso é preciso lançar uma campanha intransigente em defesa do direito da liberdade de expressão absoluta e irrestrita.
Já está claro que apenas o PCO irá levar adiante essa campanha. O caso Monark deixou isso muito claro, todas as organizações, da extrema direita até a esquerda, apoiaram a censura ao apresentador. Nos demais casos apenas os próprios afetados defenderam a liberdade, no caso de Daniel Silveira os bolsonaristas ficaram contra, no caso de Lula a esquerda ficou contra. Mas em todos eles o PCO esteve ao lado da liberdade contra a repressão. Isso porque o partido compreende a importância dos princípios políticos.
Todos aqueles que consideram esse direito algo sagrado, como afirmou Rosa Luxemburgo, podem apoiar a nossa luta de uma forma muito simples, se filiando ao Partido da Causa Operária. Quanto mais filiados no PCO mais se fortalecerá a luta pelo direito incontestável da liberdade de expressão.
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