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Ditadura às claras

Fechamento do regime é consequência do desespero do imperialismo

Crise generalizada do imperialismo ao redor do mundo é motivo pelo qual o regime se fecha cada vez mais no Brasil

Desde o começo da operação especial russa na Ucrânia, a imprensa Causa Operária tem feito um trabalho incansável para furar o bloqueio imperialista e cobrir a guerra na Europa com a maior quantidade de informação possível. Algumas semanas após a deflagração do conflito, a Causa Operária enviou dois correspondentes à Rússia, o único jornal a se propor a tal empreitada.

A Causa Operária tem mostrado que a situação no Leste europeu é verdadeiramente desesperadora para o imperialismo. Numa certa medida, ele foi pego de surpresa pela reação do governo russo de impedir o estabelecimento da OTAN no território vizinho à Rússia. Um erro de cálculo que custou caríssimo ao imperialismo.

De maneira metódica, os russos ocuparam e continuam ocupando toda a região oriental da Ucrânia. É uma perda territorial grave, ainda mais quando levado em consideração que cerca de 25% da agricultura ucraniana, que é a base da economia do país, está passando para os territórios ocupados. Sem contar no fato de que a região do conflito é a mais industrializada do país.

As forças armadas russas, bem como a população local que, apesar de toda a mentira da imprensa capitalista, também tem um papel de destaque no enfrentamento militar contra a OTAN; já recuperaram todo o território da antiga província ucraniana do Lugansk. Agora, terminada esta etapa da operação militar, as forças de libertação dirigem-se a Donetsk. Ademais, ao que tudo indica, os russos ocuparão toda a faixa territorial do Mar Negro, uma perda sem precedentes à Ucrânia.

Mais ao Sul, o imperialismo colecionava vitórias importantíssimas para a luta dos trabalhadores. É o caso do Afeganistão, onde as forças armadas do Talibã expulsaram os americanos do país após 20 anos de guerra. Ao mesmo tempo, na América Latina, o povo nicaraguense conseguiu impedir um golpe dos Estados Unidos no país, assim como na Venezuela.

Agora mais clara do que nunca, essa coletânea de fatores abriu uma crise internacional não vista em várias décadas. Em certo sentido, é uma crise parecida com aquelas que antecederam a primeira e a segunda guerras mundiais. De maneira geral, há um enfrentamento global entre os povos oprimidos que não pode mais sustentar a crise capitalista em suas costas.

Simultaneamente, o imperialismo falhou ao tentar coloca sob a sua disciplina política todos os países contra a Rússia. Afinal, lançou uma série de sanções extremamente duras contra os russos que, antes de atingir o seu objetivo, jogaram a Europa em uma situação de miséria sem precedentes na história recente do continente. Finalmente, o tiro saiu pela culatra.

E mais: a situação na Europa ainda não atingiu o seu ápice. Basta acompanhar a imprensa internacional para averiguar que todos reclamam que as contas de combustível, de eletricidade etc. estão chegando a níveis estratosféricos. Já começa, inclusive, a haver uma movimentação da classe operária europeia contra essa catástrofe.

Em outras palavras, a crise é tão grande que pode ter reintroduzido – e, ao que aparenta, de fato o fez – o enfrentamento entre o regime político burguês e a classe operária. Enfrentamento este que, em decorrência da política neoliberal, estava congelado.

No coração do imperialismo, o velho cai de bicicleta

Dado o exposto acima, fica claro que o imperialismo norte-americano, o verdadeiro coordenador de todo o imperialismo mundial, está numa situação crítica. O governo Biden, por esse ângulo, encontra-se em uma crise que representa a maior desde o governo Nixon, um governo que foi derrubado. Existe, inclusive, a possibilidade de que Biden não termine o seu mandato dada a dimensão da crise.

Uma mostra clara do tamanho da crise em questão é o fato de que um país como a Rússia que, apesar da propaganda da imprensa internacional, é uma potência regional; tenha desafiado a ordem mundial. Quer dizer, a dominação do imperialismo norte-americano, europeu e japonês. Deste ponto de vista, estamos diante de uma hecatombe.

Tanto é que Putin, recentemente, fez um pronunciamento público declarando que a ordem mundial anterior acabou. Declaração corroborada pelo desastre que foi a reunião entre Zelensky e líderes africanos que, mesmo com pressão por parte da França e da Alemanha, contou com a presença de 5 países africanos. De um total de 55…

Como um animal ferido: em crise, o imperialismo ataca

Pintado o quadro da profunda crise pela qual passa o imperialismo, temos, então, uma explicação lógica dos acontecimentos como os ataques desferidos pelo Supremo Tribunal Federal, no Brasil, contra o Partido da Causa Operária. Afinal, os países imperialistas precisam, custe o que custar, controlar a situação nos países que ainda não conseguiram se livrar do assédio imperialista. Caso contrário, sua derrocada é certa e apenas uma questão de tempo.

É justamente por isso que o regime burguês brasileiro se fecha cada vez mais. Os ataques da burguesia contra os direitos democráticos fundamentais é apenas o começo disso. Finalmente, fica claro que, no Brasil, o STF é a instituição pela qual o imperialismo impõe a sua política à força. E a tarefa do momento é justamente impedir que Lula suba ao poder. Acontecimento que representaria uma derrota gritante ao imperialismo na América Latina, tendo em vista que o Brasil é o país mais importante na região.

Nesse sentido, o STF inicia os seus ataques pelo PCO visando, no final, atingir a candidatura de Lula. É o velho funcionamento das ditaduras: censure os mais bravos para que não tenha que se preocupar com os mais tímidos. Decerto que não conseguirão abaixar a cabeça do Partido, que já deu sinais de sua gigantesca luta contra o regime fascista que se impõe no Brasil. Entretanto, será uma luta dura. Pois, no final das contas, o imperialismo precisa do Brasil como seu aliado para impedir que sua decadência se acentue ainda mais. Portanto, pode-se esperar apenas o pior para a situação política nacional.

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