─ Clívia Mesquita e Lucas Maia, Brasil de Fato ─ Na manhã desta sexta-feira (25), movimentos sociais e entidades sindicais estiveram em frente ao Consulado Geral dos Estados Unidos, no centro do Rio de Janeiro, em um protesto contra a extradição do jornalista Julian Assange para o país norte-americano.
O fundador da plataforma Wikileaks sofre perseguição política há 12 anos, por denunciar violações do governo norte-americano, e está preso desde abril de 2019 na Inglaterra. Sua possível transferência para os Estados Unidos pode resultar em uma condenação de 175 anos atrás das grades.
Carmen Diniz, coordenadora do capítulo Brasil do Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos, marcou presença na manifestação e defendeu a inocência do jornalista. O ato desta sexta (25) faz parte do Dia Internacional de Mobilizações para Liberdade de Assange.
“Assange não praticou nenhum crime, ele mostrou para nós os crimes que o governo norte-americano e suas tropas estavam fazendo no Iraque, no Afeganistão, na Síria, em Guantánamo. Estamos aqui para exigir que ele não seja extraditado para os Estados Unidos. Ele não é norte-americano, não tem que ser extraditado. Ele é australiano e está preso na Inglaterra. A Inglaterra é o novo capacho do governo dos Estados Unidos”, afirmou Carmen.
Com uma faixa escrita “Liberdade para Assange”, o ato chegou a ocupar a avenida Presidente Wilson em frente ao consulado dos Estados Unidos. Os manifestantes também estenderam fitas amarelas na calçada, em referência a tradição norte-americana que simboliza o retorno dos soldados para casa.
Além do Rio, estão programadas mobilizações pela liberdade do jornalista em Belo Horizonte, Brasília, Recife, São Paulo e Porto Alegre em frente aos consulados e às embaixadas do Reino Unido e dos Estados Unidos.