Relatos

“Entrei no PCO por causa da Universidade de Férias”

Militantes do PCO relatam como foi sua experiência de conhecer o partido pela Universidade de Férias

A Universidade de Férias voltará no próximo ano, com data ainda a ser confirmada. O evento já passa da sua 40ª edição e parou de acontecer nos moldes antigos, sobretudo devido à pandemia do Covid-19.

A Universidade de Férias ocorria pelo menos duas vezes por ano. O PCO, em conjunto com a Aliança da Juventude Revolucionária, organiza um acampamento em alguma chácara ou espaço alugado onde os militantes, simpatizantes e interessados iriam para estudar e se divertir.

Cada Universidade contava com um curso dado pelo companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, com temas variados relacionados à política, história e cultura. Nos tempos vagos, os militantes se reuniam para cozinhar juntos, apreciar o local, praticar esportes, jogarem jogos ou simplesmente para debaterem.

O ambiente da Universidade de Férias sempre foi muito convidativo e tinha como um dos objetivos aproximar as pessoas do partido, apresentando-lhes o seu programa e como organizava sua luta, além de também dar um leve descanso para os militantes que se esforçaram para montar a atividade com a maior qualidade possível.

Tudo isso interessa as pessoas que começam a conhecer o PCO. Tanto é isso que existem diversos casos de militantes que conheceram e decidiram entrar no partido por conta da Universidade de Férias, entre eles inclusive alguns dos dirigentes e militantes importantes do partido nos dias de hoje. 

O companheiro Rafael Dantas, por exemplo, é dirigente nacional do PCO e decidiu consolidar o início de sua militância após comparecer a uma Universidade de Férias.

“Sim, eu entrei no partido por causa da Universidade de Férias. Eu não lembro exatamente a edição, mas foi no inverno de 2003, na chapada dos veadeiros, no Goiás. O curso era sobre a teoria e a prática das frentes populares. Eu fiquei sabendo do acampamento numa banca de materiais do partido — os militantes estavam vendendo materiais na frente de um cinema, eu sai do filme e topei com um militante que tava fazendo propaganda do curso e me interessei. Fazia 6 meses do governo Lula e ele me explicou o que era a frente popular e porque a gente ia estudar.”, iniciou Rafael em seu relato.

“Eu acabei indo para chapada dos veadeiros, participei do curso, foi muito interessantes porque eu era completamente inexperiente em política, tava há 6 meses na faculdade e bastante interessado no que tava acontecendo. Tinha acontecido uma greve grande na FFLCH naquela época, foi logo depois disso daí [a universidade] e aí o curso teve toda uma discussão não só sobre as frentes populares, mas também a questão do partido operário, do partido revolucionário, dos partidos da esquerda pequeno-burguesa e as diferenças entre eles, também uma discussão sobre o anarquismo em oposição ao partido revolucionário — tudo na época fez muito sentido pra mim e assim que terminou o curso eu procurei um militante do partido e falei que queria militar. Quando voltei pra São Paulo eu já estava militando, isso aí foi no final de julho, começo de agosto de 2003.”, finaliza Rafael.

Outro exemplo que podemos dar é o do companheiro João Vitor, que também faz parte da direção nacional e decidiu entrar no partido após ser levado à Universidade de Férias por um conhecido.

“No primeiro ano do ensino médio eu conheci um rapaz que estava na mesma escola que eu — ele começou a me mostrar algumas coisas do partido e me convidou pra uma universidade de férias. Se eu não me engano, o tema era revolução e contrarrevolução na Alemanha, que foi abordado na trigésima segunda universidade, em junho de 2013.”, afirma João.

“Quando eu fui para a universidade eu já tinha participado de algumas atividades com o partido, como na manifestação de primeiro de maio, eu já tava acompanhando a análise política da semana também. Foi um período de aproximação, e quando eu fui na universidade de férias e eu fiquei encantado.”, continua o militante.

“Você reúne a formação política, que é uma coisa que você não encontra em qualquer lugar. Eu era jovem, tive dificuldade de entender os assuntos, porque no começo você tem que se familiarizar com os termos e com o resto das coisas. Mas eu fui aprendendo e quando fui pra universidade foi o que me ganhou, porque você fica uma semana ou duas num evento que são ‘férias’, onde você fica curtindo, relaxando, descansando, passeando e junta isso com a formação política, formando realmente um ‘universidade de férias’ de qualidade.”

Como visto pelos relatos dos companheiros, a atividade sempre foi muito importante não só para a formação dos militantes, por oferecer um conteúdo de qualidade ao mesmo tempo que proporciona um momento de descanso e de socialização com diversos companheiros, mas também por aproximar pessoas de fora, fazendo elas entenderem, primeiramente, o que é o partido, assim como proporcionando tudo isso para elas também.

Infelizmente, a Universidade de Férias sofreu um recesso por conta da pandemia da covid-19, porém é esperado que no início de 2023 ela volte com tudo, proporcionando esses momentos novamente para todos os interessados.

Com a Universidade de Férias voltando a ativa, é esperado que diversos militantes se juntem para mais um curso, assim como diversos simpatizantes e pessoas interessadas em conhecer o partido mais de perto. Todos os interessados podem comparecer, e mais informações sobre data, local e outros detalhes serão divulgados em breve. Veja abaixo algumas fotos de antigas universidades:

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